Falando de Bola
51 pontos disputados, dos quais apenas 12 foram conquistados. 2 vitórias, 6 empates e 9 derrotas em 17 partidas. 10 gols marcados, 22 gols sofridos.
Esses são os números do Coritiba no campeonato brasileiro de 2015. Números estes que credenciam o time Alviverde como o principal candidato ao rebaixamento.
Campanha esta muito diferente do que foi prometido pela entusiasta, a época da eleição, chapa vencedora.
Antes de entrar no rendimento dentro de campo, percebe-se que a pífia campanha do Coritiba prova que o futebol não é feito para amadores, assim como não é feito somente para especialistas ou teóricos. Futebol é para profissionais.
E para ser um profissional do futebol, é necessário muito mais do que apenas um diploma em educação física, ou possuir MBA em gestão esportiva. Esses são conhecimentos que agregam, porém se o "cara" não entende de bola, não há curso que mude o rumo das coisas em um clube de futebol.
Assim, como não adianta também contratar um diretor apenas por ele ter sido jogador de futebol. É preciso que, fora de campo, o "cara" tenha se preparado para assumir tal função, pois o diretor precisa entender de administração para administrar um clube, de psicologia para lidar com os atletas de diversas categorias e níveis sociais, entre outras peculiaridades que o cargo possui.
E no Coritiba parece que não existe nenhuma das duas coisas, pois pela formação do elenco até o momento e a campanha do clube no campeonato brasileiro, chega-se a conclusão de que o Coritiba não tem um dirigente capaz de administrar a crise que eles mesmo criaram.
O clube hoje conta com muitos teóricos, como Maurício Andrade, André Mazzuco e mais recentemente Pierre Boulos, que extra-oficialmente assumiu a vice-presidência de futebol, mas qual deles tem condições de chamar os jogadores "na chincha" e exigir um melhor desempenho?
O Coritiba não tem um diretor capaz de mostrar ao jogador que ele está batendo errado na bola. Deu prioridade ao lado teórico, esquecendo do lado prático. E isso resultou na ridícula campanha, que é somente reflexo da palhaçada feita pela chapa vencedora, que em seis meses, conseguiu se desintegrar.
Dentro de campo, pouco a se falar, pois o que foi visto em Santos foi a caricatura de um time de futebol. A perfeita personificação de um time sem alma, sem garra, sem vontade, apático, desinteressado, mal treinado e mal dirigido.
Mas o que esperar de um time com Ivan na direita e Juninho improvisado na esquerda? De João Paulo que não marca ninguém, de Alan Santos que joga disperso, de Ruy que sentiu o peso da camisa, de um Henrique Almeida que não joga um bom futebol a anos, mas que consegue um contrato com o Coritiba, de um Rafhael Lucas que continua a jogar com seu "ar blasé", perdendo um gol atrás do outro, por pura falta de concentração?
O que esperar de um time onde o treinador não consegue fazer o time vencer e na mesma partida faz uma salada tática com suas substituições, onde ele mesmo não sabe o que está fazendo, colocando zagueiro na esquerda, depois volta o zagueiro para sua posição de origem, colocando o outro zagueiro na direita, colocando o time pra atuar com praticamente quatro atacantes, sem ter alguém para armar o jogo.
O que esperar de um time cujo Departamento de Futebol tem contratado somente refugos, ou seja, jogadores que estão descartados pelos seus clubes, ou então que com 25 contratações ainda não conseguiu formar uma equipe razoável.
Poucos imaginaram que aquela efusiva festa feita na época das eleições, ganharia ares de velório sete meses depois.
Isso só mostra que o futebol não é feito para amadores, politiqueiros ou confrades.
A composição feita "nas coxas" de última hora para criar uma chapa que concorresse contra o presidente da época não poderia ter outro resultado, senão o que se vê até o momento.
Mas de tudo se tira um lado positivo, e neste pífio ano, o sócio Alviverde poderá futuramente escolher melhor seu voto e não se deixar levar por projetos nababescos que vem afundando o Coritiba há tempos.
Os sócios alviverdes precisam tirar o poder do grupo político que vem se apoderando do Coritiba desde 2007, e que tem feito o clube ir para o buraco, ano após ano. Pena que isso só poderá ser feito daqui dois anos.
Enquanto isso, o negócio é cobrar de quem está no poder, para que o clube consiga ao menos chegar "vivo" nas próximas eleições.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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