Falando de Bola
A derrota para o “poderoso” Cascavel CR, que enfrentou o Coritiba em seu estádio “lotado” com pouco mais de 150 pessoas, o que deixou os jogadores Alviverdes ansiosos e nervoso devido a “enorme” pressão vindo das arquibancadas, trouxe a tona novamente velhos fantasmas que parecem se sentir em casa no Alto da Glória.
Quando parte da torcida começou a se animar, mesmo que timidamente, após as duas vitórias no começo da Taça Dirceu Kruger, eis que os velhos fantasmas reapareceram para assombrar os Coxas-Brancas, e devolver ao torcedor Coxa à realidade que vem sendo a tônica do clube nos últimos anos.
Dentro de campo um time fraco, sem alma, que mesmo com um estádio vazio, não conseguiu se impor perante um adversário sem divisão nacional, diríamos um clube praticamente amador. Mas isso não é novidade no Coritiba. Tem se tornado cada vez mais freqüente ver a equipe colecionando fracassos assim.
Logo o culpado será o técnico Umberto Louzer, aquele que chegou sem ser unanimidade entre os torcedores. Mas, mais uma vez, apontarão o dedo para o lado errado. Neste mundo de “mais do mesmo” que virou o mercado de treinadores, raros serão aqueles que conseguirão uma regularidade com uma equipe tão frágil.
O grande erro está nas contratações, na total liberdade que foi dada para Rodrigo Pastana montar o time, assim como na manutenção de alguns jogadores. O índice de erros nas chegadas de jogadores para o Coritiba em 2018 foi um absurdo, e o caminho em 2019 parece que não será diferente.
A diretoria tenta impor a permanência de jogadores fracos, com contratos longos, feitos de maneira equivocada, apenas para não assumir os seus erros. Alan Costa é um exemplo. Bastou algumas partidas normais contra adversários fraquíssimos, para a imprensa decantar como um bom jogador que se recuperou. Mas quem faz um gol contra como ele fez contra o Cascavel, mostra que as boas atuações são apenas lampejos, e não a regularidade que garantirá a segurança defensiva.
E assim é também com Vitor Carvalho. Não basta ser da base para não sair mais do time. A impressão que se tem é que sua presença no time titular é uma imposição extra-campo para tentar vendê-lo, pois só isso explica um jogador de atuações medíocres se manter na equipe titular, improvisando na lateral-direita um jogador que vinha tendo atuações regulares, para que um jogador da posição (Sávio) fique no banco de reservas.
E neste meio de jogadores ruins, alguns bons jogadores revelados em casa, como Igor Jesus, Matheus Bueno e Igor Paixão, precisam atuar como se fossem veteranos, pois seus companheiros não os dão o suporte técnico necessário. E assim, bons jogadores vão sendo queimados, pois em vez de entrar em um time encaixado, onde poderão desenvolver seu futebol com a maior tranqüilidade, entram na pressão precisando ser a solução, já que os jogadores ao seu lado não possuem a capacidade técnica mínima para que o time possa jogar um bom futebol.
Este fato pode explicar o porque que o Coritiba tem dificuldades na hora de revelar jogadores, e acaba perdendo jovens que na base eram consideradas promessas, mas quando sobem ao profissional não provam a expectativa que era depositada neles.
Quando a política de montagem da equipe mudar, e o Coritiba passar a aproveitar os jovens valores em meio a um time encaixado, quem sabe o time Alviverde possa voltar a revelar grandes jogadores.
Enquanto isso não acontece, tropeços contra URT, Toledo e Cascavel vão se tornando cada vez mais freqüente no Alto da Glória, e os velhos fantasmas se tornando habitantes enraizados no Couto Pereira.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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