Falando de Bola
Os últimos dias têm sido muito difíceis. Desde a vitória por 1x0 sobre o Botafogo, em 29/05/2022, que o Coritiba não sabe o que é vencer uma partida. O mês de junho se foi, e o Coxa não conseguiu três pontos em nenhum dos seis jogos que disputou.
E com esse jejum de vitórias, reaparece aquele fantasma tão comum no Alto da Glória, o “Fantasma do Rebaixamento”.
Não nego que o começo do campeonato me animou, mesmo sabendo de todas as limitações do elenco, que ficam cada vez mais evidentes. Naquele momento, se não jogava um futebol de encantar os olhos, ao menos o Coritiba mostrou muita raça em campo, o que o levou a conseguir excelentes resultados, como o empate contra o Atlético/MG e as vitórias sobre Fluminense e Botafogo.
Mas, de uma hora para outra, as coisas desandaram e o Coritiba passou do G4 para a porta do Z4, nos colocando novamente em uma realidade cruel e dura de aceitar.
Não vou entrar aqui no mérito de fatores que para mim atrapalharam muito o trabalho da equipe, como os vários desfalques seguidos, por exemplo, mas o fato é que, desfalques a parte, o Coritiba precisa reagir urgentemente. Não há mais espaço para que a sequência de resultados ruins continue.
Teremos dois jogos em casa para tentar nos recuperar. Serão dois jogos difíceis e complicados contra adversários que se encontram na zona de rebaixamento e procurarão fazer de tudo para sair de lá. Em tempos de normalidade, nada melhor seria do que enfrentar o lanterna e o vice-lanterna para retomar o caminho das vitórias. Mas do jeito que o Coritiba vem jogando, enfrentar adversários que estão na parte de baixo da tabela não dão a certeza dos três pontos.
A diretoria precisa agir internamente com a comissão técnica e o grupo de jogadores. A apatia demonstrada no jogo contra o Internacional, após o time levar o primeiro gol, não é algo comum em uma equipe que disputa a primeira divisão.
É chegado aquele momento de métodos antigos para diagnosticar o que vem acontecendo internamente. Um churrasco com bebida à vontade, entre jogadores, comissão técnica e diretoria, pode ser o melhor caminho para que o grupo se feche e volte a jogar bola. Talvez com o grau etílico elevado, todos coloquem suas angústias para fora e cheguem a um denominador comum, colocando novamente a máquina nos trilhos.
De fora, a impressão que eu tenho, é que alguns jogadores parecem estar completamente alheios a causa do Coritiba e jogam de qualquer jeito, não se importando se o time será derrotado ou não.
A comissão técnica também precisa ser chamada a atenção. Não vejo tentativa de mudanças táticas naquilo que não vem dando certo. Talvez uma mudança na estrutura de jogo possa fazer o time se comportar de outra maneira dentro de campo.
Mas ainda sou da opinião de que são os jogadores que podem nos tirar desta situação, somente eles. Contra o Internacional, por exemplo, talvez com exceção de Guilherme Biro e Alef Manga, o técnico Gustavo Morínigo colocou para jogar o time que a maioria da torcida quer, e mesmo assim o resultado não veio.
Não adianta nos iludirmos que uma troca de comando técnico resolverá nossos problemas da noite pro dia com o mesmo grupo de jogadores. Sou mais continuar com alguém que já conhece o grupo do que trazer alguém que começará do zero e até conhecer o elenco podemos estar enraizados na zona do rebaixamento.
Porém, tudo dependerá dos resultados dos dois próximos jogos. Pois se as vitórias não vierem, paciência tem limite e aí não nos restará outra alternativa do que cairmos na vala comum e recomeçarmos novamente mais uma vez. E isso é tudo o que a diretoria prometeu que não faria.
Portanto, para não cair na vala comum, que a diretoria diagnostique com urgência o que vem acontecendo com o grupo e coloque novamente o Coritiba nos eixos. Só assim saberemos que a diretoria que está aí não cairá nos mesmos erros das anteriores.
Saudações Alviverdes
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