Falando de Bola
Mesmo que ainda longe do ideal do que se espera de um time de futebol que venha lutar por algo maior, a vitória sobre o Paraná Clube valeu pelos três pontos conquistados, que deixam por hora o Coritiba na vice-liderança do campeonato estadual, atrás do time de aspirantes do Atlhetico.
Após um começo de jogo ruim, quando quase saiu atrás no placar, o Coritiba se assentou em campo e tomou conta da partida contra um adversário que será candidato a uma das vagas para a terceira divisão em 2020.
O setor de marcação esteve impecável. Matheus Salles dominou as ações da meia-cancha, marcando praticamente sozinho na frente da área, enquanto a dupla de zaga Rafael Lima e Sabino esteve soberana, fazendo bom jogo defensivo e saindo com eficiência com a bola lá de trás.
O principal destaque foi o lateral-esquerdo William Matheus, que além de defender com segurança, mostrou muita velocidade nas ultrapassagens, sendo o principal ponto de escape do time.
Se a marcação foi eficiente, o mesmo não se pode dizer da parte de criatividade do time. Com exceção de Rafinha, que está sobrando neste começo de ano, os demais ainda estão muito abaixo, principalmente o garoto Igor Jesus que está desperdiçando uma grande chance de mostrar que pode lutar de igual para igual com Sassá pela posição de centroavante titular. Com as fracas atuações, o garoto está entregando de bandeja a posição para o novo contratado.
Mas alheio a atuação do time na vitória contra o Paraná Clube, uma coisa que começa a preocupar são as lesões que estão aparecendo. Na partida de ontem, Gabriel e Matheus Galdezani deixaram o campo sentindo dores.
Lesões podem ser até normais em um começo de temporada, porém, com um elenco enxuto em algumas posições, o técnico Eduardo Barroca deveria ser mais prudente na escalação de determinados jogadores.
Foi cantado aos quatro cantos que o treinador usaria os quatro primeiros jogos para fazer testes na equipe e rodízio entre os atletas. Porém, o que temos visto é um teste disfarçado, uma vez que, com exceção de René Junior, Rhodolfo e Sassá, o treinador tem usado os principais jogadores do time em partidas contra adversários fracos, quando poderia usar jovens como Natanael, Nathan, Guilherme Biro, Henrique Vermudt, entre outros, que poderiam ter a oportunidade de mostrar se podem fazer parte do grupo ou não.
A situação de Rafinha é a mais emblemática até agora. Disparado o melhor jogador do time até o momento, o jogador de 36 anos, foi utilizado nas três partidas que o time disputou até o momento, sendo que em duas delas atuou os noventa minutos. Ou seja, Barroca tem utilizado o principal jogador da equipe, que já não tem mais o mesmo preparo físico de antes, em partidas contra adversários fracos em um campeonato que há tempos deixou de ser algo prioritário. O risco de perder o jogador mais importante da equipe para o confronto contra o Manaus, que realmente vale alguma coisa, é grande.
Assim, espera-se um pouco de prudência do treinador, para que use as partidas do estadual para testes, não apenas na teoria, mas sim de forma prática, poupando seus principais jogadores para a Copa do Brasil e até mesmo as fases de mata-mata do campeonato estadual.
Não é possível que um torneio, que se classificam oito times de um total de doze, não possa ser realmente utilizado para o aproveitamento de jogadores que não se encontram em uma lista principal. Só assim, o treinador realmente poderá verificar se alguns jovens poderão fazer parte do elenco, e poupar os principais jogadores do time.
É isso que se espera de um treinador que disse que usaria o estadual para fazer testes.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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