Falando de Bola
Por mais que o Atlético/MG tenha um time infinitamente superior nos aspectos tático, físico e técnico, não dá para levar como normal a derrota por 3x0.
O Coritiba fez um jogo equilibrado até tomar o primeiro gol. Vinha bem na partida e teve duas chances imperdíveis, principalmente a bola que Negueba teve nos pés na frente de Victor. (inadmissível um jogador profissional perder um gol daquela maneira)
Mas no segundo tempo tudo "degringolou". O Coritiba se perdeu em campo e não conseguiu oferecer perigo algum a meta adversária. Para quem precisa fazer um gol para empatar, tudo ficou mais díficil quando Leandro falhou, e o Galo marcou o segundo gol.
O terceiro gol foi só para provar que o péssimo Pericles Bassol adora marcar pênaltis inexistentes contra o Coritiba, assim como já tinha sido contra o Corinthians em 2013, quando o "soprador de apito" marcou uma penalidade máxima no último minuto de jogo.
A segunda derrota seguida voltou a deixar o Coritiba na beira da zona do rebaixamento.
Na partida anterior ao confronto contra o Galo, Thiago Galhardo tinha sido o grande nome do time ao entrar na segunda etapa. Por outro lado, Marcos Aurélio entrou tão mal que fez o Cruzeiro, com um jogador a menos, ter na prática igualado o número de jogadores tamanha a inércia de Marcos Aurélio.
Eis que contra o Atlético/MG, quando todos esperavam por Galhardo para iniciar a partida, Ney Franco entra com Marcos Aurélio, que não fez absolutamente nada em campo nos 45 minutos iniciais.
O que se passa na cabeça de um treinador eu não sei, mas o que se passa na minha eu sei:
Quanto mais acho que entende futebol, chego a conclusão que entendo cada vez menos.
Isso nem mencionar o fato do Coritiba ir enfrentar o Atlético Mineiro com apenas um volante.
Na segunda etapa, tentando partir para o "tudo ou nada" colocou o Coritiba para jogar praticamente com quatro atacantes.
Escalou Negueba, Thiago Galhardo, Paulinho e Henrique Almeida. O problema é que dos quatro atacantes, apenas Henrique Almeida tem característica de "definidor". Os outros três são jogadores de beirada de campo. Ou seja, o time continuaria apenas com o seu artilheiro para jogar no meio dos bons zagueiros do Galo.
E quando colocou Paulinho no lugar de Lúcio Flávio, o treinador Alviverde acabou de vez com a armação da equipe, pois deixaria Juan sozinho para ser vigiado de perto por Rafael Carioca e Leandro Donizete.
Ney Franco tem seus méritos na recuperação de um time que estava praticamente entregue ao rebaixamento. Mas as vezes se perde com suas escalações e principalmente substituições. Seria muito mais fácil se o treinador fizesse o simples.
O Atlético Mineiro tem uma das defesas mais sólidas do campeonato e com um dos melhores aproveitamentos em bolas aéreas, tanto defensiva quanto ofensiva.
Aí o time Alviverde tenta "penetrar" nesta defesa fazendo mais de vinte chuveirinhos para a área.
Detalhe, Leonardo Silva tem 1,92 cm, e Jemerson, 1,84 cm. Assim, todos os cruzamentos para a área mineira se tornaram infrutíferos, pois Henrique Almeida dificilmente ganharia uma bola na cabeça dos grandalhões zagueiros do Galo.
E este jogo não foi o primeiro que o Coritiba insistiu nas bolas alçadas à área.
Agora o Coritiba terá dois jogos fora de casa: Joinville e Ponte Preta.
Uma vitória na "Manchester catarinense" se tornou obrigatória depois da derrota de ontem.
Contra a Ponte, que vem em grande fase, um ponto poderá ser comemorado.
O Coxa volta a jogar em casa contra o São Paulo, time que luta pelo G4.
A fuga definitiva do rebaixamento ainda só depende do time Alviverde, mas somente se jogar bem mais do que mostrou na última partida.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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