Falando de Bola
Foi na raça, na sorte e no milagre de Wilson. Enfim o Coritiba conseguiu sua primeira vitória fora de casa na Série B. E ela veio justamente contra aquele que, no início do campeonato, era considerado o principal adversário do time Alviverde no campeonato.
Os dois times estavam com o mesmo número de pontos, 24, na tabela. A diferença, é que o Goiás vinha de 7 jogos invictos e 4 vitórias consecutivas, enquanto o Coritiba vinha de um empate tosco contra o São Bento e sem vencer fora de casa.
A diferença é que desta vez o Coritiba entrou ligado em campo. Não tomou gol bobo ou por falhas individuais. Tá certo que o time recuou em demasia após marcar o seu gol, e quase levou o gol de empate após mais uma falha individual de William Matheus, mas a partida em Goiânia pelo menos mostrou que se a qualidade técnica realmente é um artigo em extinção no time Alviverde, a vontade de vencer apareceu.
A vitória em Goiânia se não ilude ninguém, pelo menos tem que ser assim, pode trazer um pouco de motivação ao torcedor Coxa, que anda cansado de tanta mediocridade dentro de campo. Quem sabe isso não se reflita em uma presença de público um pouco maior, do que a média Alviverde no campeonato, contra a Ponte Preta.
A máxima que todo bom time começa com um grande goleiro nunca teve tanta coincidência com o Coritiba. A única diferença é que este goleiro não tem um grande time ao seu lado.
Mais uma vez o time Alviverde ia entregando uma vitória praticamente certa, quando William Matheus infantilmente achou que estava jogando vôlei, basquete ou futebol americano.
Porém, o grande goleiro apareceu. Wilson, mais uma vez, salvou o Coritiba, e deu ao Coritiba a primeira vitória fora de casa na temporada.
Menção também para o garoto Nathan, autor do gol da vitória. Maior destaque da geração 99, o jovem ajudou de maneira fundamental para que o time conquistasse estes três pontos importantíssimos.
Quem sabe este gol não lhe valha a titularidade no próximo jogo. Pelo que não vem jogando, Alisson Farias merece um banco, para quem sabe, voltar a jogar bola.
Em um elenco cheio de tiriças, dois já deram todas as provas que não tem nada a oferecer. O meia Jean Carlos e o atacante Bruno Moraes entraram em campo contra o Goiás e não jogaram absolutamente nada. Pelo contrário, após suas entradas, o rendimento da equipe caiu.
O atacante, para piorar, mostrou toda sua rotineira grosseria ao ser expulso após levar dois amarelos com cinco minutos em campo, prejudicando o time, que quase levou o gol de empate.
Ao ver Bruno Moraes com a camisa do Coritiba, me levo a pensar o porquê da não utilização de Alecsandro. Tem “boi na linha” nesta história.
Quando Eduardo Baptista chegou ao Coritiba, falou com todas as letras que Alecsandro seria seu homem-gol. Mas nos quinze jogos que o treinador dirigiu a equipe, o camisa 9 foi titular apenas em dois ( CRB e Avaí) e entrou no segundo tempo contra o CSA.
Muito pouco para quem era o preferido do treinador e disputa posição com Bruno Moraes e Jonatas Belusso.
A impressão que se tem é que a opção de não relacionar o jogador não é uma decisão do treinador, mas sim uma “forçação de barra” para que o jogador fique insatisfeito e negocie com outra equipe, para aliviar os cofres do clube.
Como a folha salarial já foi um pouco aliviada com a saída de Kleber, ainda acho que Alecsandro pode ser muito mais útil do que os demais centroavantes que o clube possui em seu elenco. Basta a ele apenas a mesma sequência de jogos que os outros tiveram.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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