Falando de Bola
Sou do tempo em que via um time como o CSA vir aqui no Couto Pereira e ser derrotado com facilidade pelo Coritiba. Jamais ia para um jogo contra um adversário como o de hoje com incertezas sobre a vitória.
Isso não é desfazer de um time como o CSA, mas sim reconhecer a superioridade que um dia tivemos contra adversários deste porte. Mas eis que o amadorismo que reina no Alto da Glória conseguiu igualar a “força” do Coritiba com de equipes que um dia já foram consideradas infinitamente inferiores.
E por ser igualado por baixo que o Coritiba está praticamente alijado da disputa pelo acesso a Série A. Agora só um milagre de seis vitórias em seis jogos pode fazer com que o time deixe a Série B.
Mas isso não irá acontecer. Quem acompanha o Coritiba desde o início do ano não se ilude mais. Sabe que o time vai conseguir mais umas duas ou três vitórias até o fim do campeonato e terminá-lo melancolicamente.
Tudo isso é reflexo do amadorismo imposto pela teimosa e arrogante diretoria capitaneada por Samir Namur. A diretoria sim é a grande culpada pelo fracasso do Coritiba.
Não culpo os jogadores, afinal já sabíamos que praticamente 100% dos jogadores contratados não estavam a altura de vestir a camisa Alviverde. Não culpo os técnicos Sandro Forner, Eduardo Baptista, Tcheco e Argel, afinal o grupo que lhes deram é fraco.
Culpo a diretoria sim, por manter nos cargos diretivos do Departamento de Futebol, profissionais fracos, que mais pareciam cobaias na esperança que dessem certo, para que a diretoria pudesse “comprovar” que a visão amadorística deles estava certa. A falta de um diretor de futebol experiente, fez com que o presidente e seus diretores, que não entendem nada de futebol, desse pitacos na contratação de jogadores e montassem o pior time da história do Coritiba.
Culpo a diretoria sim, por manter Sandro Forner, mesmo com o time capengando no campeonato regional, sendo goleado em casa por um time amador como o Foz do Iguaçu, por manter Eduardo Baptista mesmo depois do time não conseguir ter um padrão de jogo e se impor contra adversários fraquíssimos, pelo amadorismo de colocar
Tcheco como treinador, mesmo depois do auxiliar estar junto com as comissões desde o início do ano e também ser um dos responsáveis pela montagem do time.
Enfim, a teimosia e arrogância da diretoria Alviverde, que mesmo nos piores momentos da equipe não admitia os seus erros, está levando o Coritiba a permanecer mais um ano na Série B.
Justamente nesta Série B que pode ser considerada a mais fácil de subir da história, afinal nenhum time do eixo Rio/SP/MG/RS não estava disputando, assim como nenhum grande do Nordeste, leia-se dos estados de Pernambuco e Bahia.
A pior derrota do Coritiba foi para ele mesmo, com seu principal adversário estando dentro do próprio clube.
Agora é começar a pensar em 2019. O problema será imaginar o que Samir Namur e Cia farão com menos recursos. Se com o maior orçamento da Série B conseguiram montar um time horroroso, o que será então com bem menos recursos. A situação tende a ser ainda mais negra.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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