Falando de Bola
Os mais de 34 mil torcedores que foram ao Alto da Glória saíram decepcionados com o empate frente ao Londrina.
O pênalti perdido por Rodrigão, mesmo que tenha sido uma grande chance de levar o Coxa aos três pontos, foi a única grande chance do time na partida. Muito pouco para um time que tem a pretensão de voltar para a primeira divisão.
O Londrina veio a Curitiba disposto a jogar por uma bola, característica marcante no atual futebol brasileiro, comandado por técnicos que antes de vencerem, se preocupam em não perder. Com isso, o Coritiba teve muitas dificuldades de criação, e pouco incomodou a defesa londrinense.
O empate acabou sendo justo pelo que o Coritiba não fez e pelo o que o Londrina se propôs a fazer.
Sou um daqueles que não confiam no trabalho do técnico Umberto Louzer. Sua insistência com algumas peças é injustificável.
Ontem o treinador parecia estar dormindo ao lado de campo, assim como já tinha sido na partida passada contra o Atlético/GO.
O treinador do Coritiba tem demorado muito para mexer na equipe. A impressão que passa é que não confia nas opções que possui no banco de reservas. Ontem, chegou a mexer na equipe aos 44 minutos do segundo tempo.
Ao colocar Arancibia e Lucas Tocantins, jogadores de velocidade, pelos lados, esqueceu que esse tipo de jogo dificilmente funciona contra um time retrancado, a não ser que os atletas escolhidos tenham característica de dribles para furar as defesas, o que não parece o caso. O mais certo seria colocar um meia para tentar colocar uma bola entre as linhas, o problema é que este meia não existia no banco.
Quando tentou colocar um meia, Juan Alano, o fez muito tarde.
O garoto Luiz Henrique entrou muito bem na equipe. Nos três jogos que participou deu conta do recado. Atuando como volante, tem qualificado o passe e a saída de bola da equipe.
O problema é que João Vitor está aguardando para entrar na equipe. E por ser mais experiente deverá ganhar a preferência de Louzer. Resta saber se a equipe ganhará mais com sua entrada ou perderá mais sem o bom passe de Luiz Henrique.
Ainda tem Matheus Sales, mas este deve brigar com Vitor Carvalho pela função de primeiro volante.
Contra o Londrina ficou ainda mais evidente que a insistência na contratação de jogadores medianos ou apostas não resolve quando mais se precisa deles.
O técnico Umberto Louzer utilizou Welinton Junior, Arancibia e Lucas Tocantins contra o time londrinense. Nenhum deles resolveu o problema ofensivo do time, evidenciando ainda mais o fato de que quando Rodrigão não está em uma boa jornada, o time do Coritiba não se encontra ofensivamente.
A diretoria precisa parar de insistir na chegada de jogadores medianos, pois só com os citados acima já são três onerando a folha salarial sem dar resultado efetivo, quando se poderia trazer um de mais porte e que desse mais resultado dentro de campo.
Informações de Campinas dão conta que o Coritiba está trazendo o atacante Julio Cesar, que pertence a Chapecoense, mas que estava na Ponte Preta. Revelado pelo Paraná, já passou por diversos clubes sem muito destaque. Sua melhor temporada foi pelo Atlético/GO em 2018, quando jogou 45 partidas e fez 8 gols. Na temporada atual, pela Ponte, nove jogos e apenas um gol.
Pelo que vi em alguns jogos, mais um atacante para compor elenco, sem trazer a efetividade que o Coritiba realmente precisa.
Os torcedores que foram ao Alto da Glória mereciam muito mais do que o fraco futebol que viram dentro de campo. Quem pode mudar isso é a diretoria. Reforços para ontem!
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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