Falando de Bola
Na chegada do técnico Eduardo Baptista eu já sabia que não daria certo. Com exceção de um bom trabalho no Sport em 2014, e na Ponte Preta em 2016, Baptista não conseguiu se firmar em nenhum outro lugar.
Técnico que expõe os jogadores em coletivas não dura muito tempo. Ao expor jogadores, as chances de perder o grupo são muito grandes.
Além disso, seu trabalho foi horrível, quanto mais tempo o time para treinar, mais desastroso era o resultado. E apesar do elenco ser muito fraco, extremamente mal montado pela diretoria, com os adversários fracos que tem pela frente na Série B, o resultado deveria ser bem diferente do que a 10º posição.
O problema é que se os torcedores viam que o rendimento era muito ruim, a teimosia diretiva traz um enorme prejuízo ao clube ao dar dezessete jogos para um treinador que era visível a olhos nus que não traria nenhum resultado positivo.
Se a partir da contratação de Eduardo Baptista eram 36 jogos para o clube voltar à primeira divisão, hoje temos a metade disso, com o clube recheado de jogadores medíocres, sem nenhuma moral com o torcedor, e ocupando a décima posição na tabela.
A teimosa de Samir Namur e cia pode custar muito caro literalmente ao Coritiba. Há uma enorme diferença entre ter uma convicção e ser teimoso. No caso da diretoria Alviverde, a convicção na manutenção de um trabalho pode ser facilmente denominada de teimosia, pois os dirigentes não conseguiram enxergar além do seu próprio nariz que o clube não evoluía sob o comando de Eduardo Baptista.
E pior, deram carta branca para o treinador indicar alguns jogadores que pouco acrescentaram a um elenco já recheado de fracas opções.
Junto com Eduardo Baptista foram Augusto de Oliveira e Pereira. O diretor tentou justificar seu fracasso, dizendo que apenas viabilizava as contratações, mas não indicava. Se assim realmente foi, seu lugar seria no financeiro do clube então, não no Departamento de Futebol. Já Pereira, pela coletiva já deu para saber que o ex-zagueiro nem sabia onde estava e nem o que estava fazendo. Talvez fosse mais útil como treinador de zagueiros, ensinando-os a fazer gols de cabeça, que era sua especialidade.
Agora é hora de recomeçar. Antes tarde do que nunca, apesar de que este recomeço deveria ter sido feito na terceira rodada do primeiro turno.
Li por aí, que se Tcheco mostrar resultados pode ser efetivado, junto com Marcio Goiano. Sinceramente, mais uma amostra do amadorismo que dirige o Coritiba.
Não pela opção por Tcheco, mas sim pela maneira que está sendo feita. Caso o time não consiga bons resultados, mais tempo será perdido e menos tempo o time terá para se recuperar e alcançar seu objetivo.
E tenho minhas dúvidas em relação a esta opção. Tcheco era auxiliar de Eduardo Baptista, portanto pode ser considerado um dos responsáveis pela má campanha do time. O que mudaria com a efetivação dele?
Para mim, o Coritiba precisa de um fato novo. Um treinador que chegue, internamente bata na mesa, coloque para jogar quem realmente está afim de ajudar o Coritiba e indique jogadores que realmente possam fazer a diferença neste pouco tempo que resta.
Mas acho que isso não acontecerá, pois, a teimosa diretoria do Coritiba continuará insistindo em um modelo de gestão amador no futebol, achando que usar funcionários identificados como clube irá resolver este problema causado por ela mesmo.
E o resultado disso pode ser muito complicado no final do ano, caso o Coritiba não consiga o acesso à Série A. Parece que estamos tendo um “dejavu” do que aconteceu em 2006.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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