Falando de Bola
Acredito que com o passar dos anos, a tolerância que eu tinha em relação a várias coisas vão diminuindo cada vez mais a cada velinha soprada.
Ontem, um amigo chegou e disse a mim: "A torcida tem que ser mais tolerante com o Coritiba Esbravejaram porque empatamos com o J. Malucelli, um dos melhores times do campeonato. Mas veja o Atlético. Exaltam tanto o time deles, mas não conseguiram vencer o Londrina no gramado sintético."
Não querendo prolongar a conversa, dei uma resposta curta e grossa: " Pois é, só que eles, com exceção de seu goleiro, jogaram com o time reserva!"
E assim, a tolerância com o Coritiba vai sendo cada vez menor.
E o motivo disso, para mim, não é o passar dos anos, mas sim anos e anos de trapalhadas, desmandos, conchavos, empresários, jogadores pernas de pau, técnicos incapacitados, dirigentes omissos, entre outros fatores que tem levado o Coritiba cada vez mais para um estágio que o deixará próximo da "paranização".
Não sei mais o que esperar do Coritiba para os próximos anos. Talvez, somente uma "hecatombe" poderia dar início a uma revolução no clube.
Ano após ano, os objetivos são sempre os mesmos. Tentar ser campeão no campeonato estadual, fazer uma boa campanha na Copa do Brasil, e tentar não ser rebaixado e se der beliscar uma vaga na Copa Sul-Americana.
Mas desde 2014 nem isso o clube. Nas duas últimas finais estaduais, o time Alviverde conseguiu a proeza de ser goleado pelo Operário e Atlético, sofrendo dez gols e não marcando nenhum. Na Copa do Brasil, campanhas pífias nas últimas edições. Na Sul-Americana a grande alegria foi eliminar um time que está na zona de rebaixamento do campeonato argentino. Tudo bem que a vitória em Córdoba foi emocionante, e os dois confrontos com o Atlético Nacional foram bacanas, mas isso é muito pouco. E no campeonato brasileiro então, nada mais do que apenas brigar para não ser rebaixado.
E assim o Coritiba vai caminhando a passos largos no rumo da mediocridade. Um clube que parou no tempo, que vive de glórias do passado sem nenhuma perspectiva de futuro.
A prova disso, ninguém mais quer trabalhar no Coritiba, nem mesmo o técnico Jorginho, que como treinador nem de perto tem o mesmo currículo que tinha como jogador.
E não é de se espantar essas negativas. É só ver o que fizeram com o Carpegiani.
Ele não queria ficar, mas insistiram tanto e acabaram renovando com ele por dois anos. Quando se esperava a manutenção de jogadores importantes da equipe já que o treinador continuaria, eis que vários nomes que poderiam continuar saíram, optando por outros times, em negociações que provavelmente nem a diretoria sabe explicar.
O treinador ficou, mas teve que montar uma equipe praticamente do zero. Meias saíram, mas não foram contratados substitutos para os seus lugares. Jogadores foram pedidos, mas outros foram contratados sem a anuência do treinador. E com isso, Carpegiani teve que se virar com o que lhe deram.
Aí, o técnico que teve seu contrato renovado em dezembro por dois anos, é mandando embora em fevereiro, e com isso "ganha de presente" vários meses de um polpudo salário para desfrutar sua bela casa em Balneário Camboriú.
Só este prejuízo causado ao Coritiba já seria motivo de impeachment de toda a cúpula diretiva Alviverde.
E para completar, a "competente" diretoria Alviverde alça ao posto de treinador um ídolo do clube que meses antes voltou ao cargo de auxiliar por deixar o time na zona do rebaixamento do campeonato brasileiro, apenas porque os jogadores queriam.
Mas qual a moral de um time para pedir alguma coisa, quando não conseguem ganhar de Cianorte, Cascavel, Atletico B, J. Malucelli, Vitória da Conquista e conseguem ainda a proeza de serem eliminados na Copa do Brasil dentro de casa pelo Asa de Arapiraca.
Isso é mais do que a prova de que o Coritiba hoje é uma terra de ninguém , onde até o porteiro, com todo respeito, deve dar pitacos na escalação do time.
E com isso, a gestão de Rogério Bacellar e sua "Coxa Maior" vai dando mostras evidentes de como não administrar um clube de futebol, ou melhor, de como diminuir um clube de futebol.
E para finalizar, existem coisas que não se entende. O colunista Augusto Mafuz, que sabe muito mais dos bastidores Alviverdes do que muito dirigente, diz que o Coritiba tem interesse no bom meia Renatinho, do Paraná Clube. Por que o Coritiba não tem observadores que descubram bom jogadores, em vez de ir buscar atletas encostados em seus clubes?
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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