Falando de Bola
A entrevista coletiva que a diretoria do Coritiba concedeu na última quarta-feira deixou claro que o clube procura novos jogadores para suprir as carências do elenco. Nomes e posições não foram revelados, mas são evidentes aos torcedores alviverdes quais são as necessidades do elenco alviverde.
Ao acompanhar a coletiva que reafirma a necessidade de reforçar o time, bem como ler diversos comentários a respeito do time do Coritiba nas redes sociais e grupos de torcedores do Coritiba no whatsapp, chego à conclusão de que o técnico Gustavo Morínigo tem tirado leite de pedra para levar o time à excelente campanha na Série B, principalmente se considerarmos as escassas opções ofensivas que o treinador tem em seu elenco. Não deve ser fácil para o treinador ter que mudar a forma do time jogar, olhar para o seu banco e ver as opções que tem para tornar o Coritiba mais ofensivo.
O empate contra o Cruzeiro fez com que algumas críticas fossem direcionadas ao treinador, pela maneira reativa que o Coritiba atuou nesta partida, respeitando demais um time que, apesar da tradição que tem, vive um momento muito ruim e com uma equipe inferior ao Coxa.
Concordo em partes, realmente o Coritiba poderia ter sido mais corajoso durante a partida e buscado a vitória desde o começo, levando em conta que o time mineiro possui a defesa mais vazada da competição, com 16 gols sofridos em nove partidas disputadas até então. Agora são dez. Porém, o time se mostrou muito bem armado taticamente em campo, quase não sendo incomodado pelo Cruzeiro, que não exigiu uma única grande defesa de Wilson.
Coloco mais na conta da má jornada de praticamente todo setor ofensivo do time do que propriamente na postura da equipe em campo. Individualmente, o Coritiba esteve muito abaixo. Rafinha, que retornou à condição de titular, Waguininho e Igor Paixão fizeram uma partida muito fraca sob o ponto de vista da individualidade. Com isso, o centroavante Léo Gamalho teve que passar praticamente o jogo todo fora da área, tentando achar espaços e buscar as jogadas.
No segundo tempo, a partir da entrada de Robinho, o Coritiba passou a criar mais e algumas chances apareceram, como a bola na trave de Val no último minuto, além de um chute do próprio Robinho que foi defendido pelo goleiro Fábio.
Ou seja, apesar do Coritiba respeitar em excesso a equipe do Cruzeiro, o time passou a produzir ofensivamente a partir do momento em que teve um jogador criativo em melhor noite do que aqueles que iniciaram a partida. Talvez o grande erro de Morínigo, observando de forma pontual sob o ponto de vista da escalação inicial da partida, tenha sido deixar Robinho no banco, depois de excelentes atuações nos últimos jogos.
Com melhores opções ofensivas em seu elenco, a tendência é que o Coritiba produza muito mais na linha de frente, passando a não depender tanto da efetividade de seu setor defensivo para garantir os resultados.
De toda forma, para um time que ocupa a segunda colocação na tabela, tendo a segunda defesa menos vazada da competição, invicto há sete partidas, e que nos últimos seis jogos tomou apenas um gol, não tem como dizer que o trabalho não vem sendo bem feito.
Na carência técnica que vive o futebol brasileiro em geral, seria praticamente impossível achar que o time do Coritiba possa vencer seus jogos dando espetáculo. Com o elenco que tem, vencer os jogos já é algo importante demais. Quem sabe se chegarem alguns reforços mais qualificados para o setor ofensivo, o time alviverde não consiga aliar o resultado a um futebol vistoso.
Saudações Alviverdes
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