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Ricardo Honório24/10/22, 08h52
Falando de Bola

Um empate justo no Alto da Glória

Coritiba e Internacional fizeram um jogo de dois tempos distintos no Alto da Glória. No primeiro, o time alviverde mandou na partida. Já no segundo, o colorado gaúcho deu as cartas, mas mesmo assim o Coritiba teve a chance de sair com a vitória. Mas ela não aconteceu.

O Coritiba veio para o jogo com vários desfalques. Sem vários jogadores, Natanael, Bruno Gomes e Fabricio Daniel, além do Cadorini que entrou muito bem na última partida e poderia ter iniciado como titular hoje, Guto Ferreira optou por um esquema mais cauteloso, colocando mais uma vez Bernardo como ponta direita, Nathan Mendes na lateral, Galarza no meio e Léo Gamalho ao lado de Alef Manga no ataque.

Sob o embalo da torcida, o Coritiba em casa é outro time em campo, para a nossa sorte, aquele time que a torcida está acostumada a ver no Couto. Com excelente partida dos quatro homens de meia-cancha, o Coxa conseguiu neutralizar as principais peças do Inter, impedindo que a bola chegasse nos atacantes, e ainda conseguia sair em velocidade para o ataque.

Jesus Trindade com muito acertos nas bolas longas, era o homem que ligava o contra-ataque. E foi ele que cobrou com maestria o escanteio que encontrou a testada firme e com estilo de Luciano Castán. Finalmente saiu um gol do Coritiba originado de escanteio neste campeonato. Antes tarde do que nunca, mas muito pouco para um time que tinha jogado 32 rodadas e não tinha ainda marcado desta forma.

Bem ajustado em campo, com marcação quase perfeita em frente a sua área e pelos lados, o Coritiba praticamente não deixou o Inter criar jogadas de perigo na primeira etapa.

Veio o segundo tempo, e aí o jogo passou para as mãos coloradas. O Inter veio pra cima, a marcação alviverde já não estava tão ajustada assim e o time gaúcho passou a comandar as ações da partida, até empatar a partida com um gol de cabeça. Mais uma vez a zaga alviverde toma um gol de cabeça. Fico pensando como uma zaga que tem um zagueiro de 1,98cm, tem tomado tantos gols assim. Puro erro de posicionamento. Chancellor precisa ser melhor orientado pela comissão técnica. Com seu tamanho deveria ser soberano nas bolas aéreas. O seu posicionamento, tanto defensivo, quanto ofensivo nas bolas paradas, não tem dado resultado.

Com o empate colorado, Guto Ferreira colocou Warley em campo no lugar de Galarza. Com a substituição, o Coritiba perdeu a meia-cancha e ainda não surtiu efeito ofensivamente, já que mais uma vez Warley parecia completamente desligado em campo, chegando a ser vaiado por vários torcedores que estavam nas sociais. A última boa chance do jogo passou pelos seus pés, mas infelizmente ele demorou para tomar a decisão e a zaga colorada afastou o perigo. Antes disso o time teve outra boa chance, quando Régis rolou para Juan Diaz na entrada da área, mas o chute do colombiano passou raspando o travessão.

O empate não pode ser considerado um resultado ruim. O time colorado é muito superior, e a diferença na tabela mostra isso. Porém, com a péssima campanha fora de casa, tornou-se obrigação para o Coxa ganhar no Couto. Como não venceu, vai ter que buscar pontos fora de casa, principalmente se considerarmos que com a vitória do Atlético/GO sobre o Ceará diminuiu a diferença para a zona para dois pontos.

Aí que está o problema, o campeonato está chegando ao seu final e o Coritiba ainda não sabe o que é vencer fora de casa. Uma vergonha sem precedentes na centenária história do clube. Os jogadores e a comissão técnica que se virem, afinal pontuar fora de casa será fundamental para manter o clube na primeira divisão.

O que acontece com Warley?

Alguma coisa está acontecendo com o atacante Warley. Ele anda cabisbaixo, desligado, bem diferente daquele jogador que chegou ao Coritiba.

Suas últimas três participações em campo foram lamentáveis. Primeiro a expulsão precoce contra o Bragantino, depois entrou totalmente desligado contra São Paulo e Internacional.

Com a carência de atacantes de velocidade no elenco do Coritiba, recuperar Warley é importante para que Guto Ferreira tenha opções para armar sua equipe. Não custa lembrar que ontem, o treinador teve que recorrer a Biel para substituir Léo Gamalho no segundo tempo. Ou seja, um meia que não vinha sendo aproveitado foi chamado para substituir o centroavante.

Que a diretoria interceda com firmeza e pontualidade antes que seja tarde!

Ricardo Honório

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