Falando de Bola
A cada dia que passa vejo o quanto é difícil ser Coxa-Branca. Ser Coxa não é apenas ter um time para torcer, mas sim uma ideologia. Quem em sã consciência gosta de sofrer? Pois é, o torcedor do Coritiba gosta e a cada sofrimento que passa, o amor pelo time só aumenta.
Hoje a expectativa era grande pelo sorteio da Copa do Brasil. Já não era fácil estar no Pote 2, que continha os piores times no ranking da CBF entre os 32 que se classificaram para a terceira fase. Aí vem um cara e sorteia o Flamengo como adversário do Coxa. Tínhamos 16 times para enfrentar e cai logo o time bicampeão brasileiro na vida do Coritiba.
Muita gente já dá o confronto como favas contadas para o time carioca, mas calma lá. Como assim vamos jogar a toalha antes mesmo do Coritiba entrar em campo? Na teoria o Flamengo é favorito, mas quem disputou uma final em um Maracanã com mais de 100 mil pessoas, 90% torcendo para o adversário, contra um time cujo dono na época era o maior contraventor deste país e que no papel tinha jogadores muito bons, não joga a toalha assim tão fácil.
A diretoria precisa agir urgente em relação a melhoria do time. Tem que colocar na cabeça que é possível a classificação, desde é claro que algumas carências sejam supridas. Um zagueiro central, que pode ser Henrique, e um atacante de lado, são posições prioritárias para o fortalecimento da equipe. A diretoria tem mais de um mês até o primeiro confronto para reforçar a equipe. O que não pode é desanimar apenas porque vai enfrentar aquela que é a melhor equipe do Brasil hoje.
Além do mais, o Flamengo tem uma maratona de jogos pela frente e ainda deverá ter alguns desfalques por conta dos jogos das seleções que disputam as eliminatórias para a Copa do Mundo do Catar. Nomes como Isla, Rodrigo Caio, Gerson, Arrascaeta, Everton Ribeiro e Gabriel, podem desfalcar o time carioca nos jogos contra o Coritiba.
Mesmo com toda a dificuldade pela frente por enfrentar uma equipe com jogadores de grande qualidade técnica, o Coritiba tem condições de entrar em campo para disputar a vaga, e não apenas como um mero cumpridor de tabela. Basta que a comissão técnica coloque isso na cabeça dos jogadores, por mais difícil que seja o desafio.
O desafio é grande, mas ser Coxa é ter consciência de que qualquer desafio pode ser vencido quando se joga com a alma guerreira que já nos deu um título nacional dentro do maior templo do futebol brasileiro, que coincidentemente, será o palco da segunda partida entre Coritiba e Flamengo.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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