Falando de Bola
Sob os olhos do torcedor o futebol parece simples. Em cada amante do futebol, existe dentro dele um técnico com todas as soluções para o seu time.
O desavisado que leu as redes sociais após a derrota do Coritiba para o CSA, certamente achou que o time alviverde está lutando para evitar uma queda para a Série C, tamanho o pessimismo com o que o time vem apresentando no campeonato. Mas, a situação é bem diferente. O Coritiba, apesar do tropeço, é líder e tem totais condições de acabar o primeiro tuno na primeira posição.
Contra o CSA, o time alviverde jogou muito abaixo do que pode jogar. O coletivo foi muito mal, mas as falhas individuais foram determinantes para a derrota. E as falhas vieram justamente de jogadores que substituíram os titulares.
No primeiro gol, Nathan Ribeiro deu todo o espaço do mundo para Gabriel sambar, pedalar, levantar a cabeça e cruzar na cabeça de Renato Cajá, que apareceu tranquilamente no meio da área do Coritiba para abrir o placar.
As falhas continuaram, e o CSA só não ampliou logo em seguidas porque seus atacantes são muito ruins. Mas aí veio um dos pênaltis mais toscos que já vi um jogador do Coritiba cometer. Até agora estou tentando entender o que o Romário quis fazer com aquela rasteira ridícula dentro da área.
O terceiro gol foi apenas reflexo da apatia com que o Coritiba entrou em campo. O veterano atacante Marquinhos apareceu livre em meio a uma defesa em linha, fechando com chave de ouro a desastrosa atuação do Coritiba.
Apesar de algumas críticas ao técnico Morínigo em relação a algumas opções utilizadas, penso que o treinador fez exatamente o que tinha que fazer. Com Henrique fora, a permanência de Nathan Ribeiro, que tinha sido titular no jogo anterior, era o mais sensato a fazer, apesar da torcida querer muito ver Thalisson ou Márcio ganhando chances no time titular. Na ausência de Biro, que fez uma falta danada, e com Angelo machucado, não restava outra opção a não ser Romário. E na frente, Guilherme Azevedo é o substituto natural de Igor Paixão. Acho precipitadas as críticas ao jovem atacante que veio do Grêmio. Ele jogou apenas dois jogos com a camisa alviverde e chegou a menos de 15 dias ao clube. Não dá para dizer que não serve. Logo ele faz um gol, pega confiança e vira uma excelente opção para o técnico.
Talvez a única alteração que possa ser questionada é a entrada de Gustavo Bochecha no lugar de Val, uma opção do treinador para dar um descanso ao volante titular. Uma pena que Morínigo não contava com a péssima atuação de Bochecha, que fez um jogo muito abaixo daquilo que pode jogar. A intenção era boa, mas infelizmente o volante que veio do Juventude esteve muito abaixo daquilo que pode mostrar.
A partida de ontem não pode ser esquecida. Dela podem ser tiradas várias lições, e talvez a principal seja a hora de rever algumas opções utilizadas. Por mais que possam ser importantes para o grupo, e talvez esse seja o principal motivo para serem utilizados, o fato é que Nathan Ribeiro e Romário devem ter o mesmo destino de Dalberto, que após seguidas más atuações, foi deixado em um canto e não vem sendo mais utilizado. O segundo turno está aí e, ou a diretoria reforça o time em algumas posições ainda carentes, ou então começa-se a ser dado chances aos piás da base. Thalisson, Marcio e Angelo não jogam menos que os que entraram como titulares ontem.
Mas decepção a parte pelo que o Coritiba jogou ontem, estamos vivos no campeonato, com grandes chances de conseguir o acesso para a Série A. O tropeço de ontem não pode ser considerado normal, principalmente pela maneira que foi, mas pelo equilíbrio da competição, é algo que pode acontecer. Cabe aos jogadores e comissão técnica não deixar que isso se torne constante e que o Coritiba possa continuar com sua excelente campanha em rumo à primeira divisão.
O saldo ainda é muito positivo, apesar do tropeço. Lembrem-se, somos torcedores do Coritiba, o time que ainda lidera o campeonato e tem totais condições de conseguir o acesso à Série A. Um pouco de otimismo não faz mal a ninguém.
Saudações Alviverdes
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