Falando de Bola
Comparações a parte, o que o Londrina fez na noite de ontem no Alto da Glória, é bem parecido taticamente com o que o Coritiba vem fazendo nos últimos campeonatos brasileiros, com exceção é claro do jogo violento, repetido a exaustão pelos londrinenses.
Quando enfrenta os clubes principalmente do eixo SP/RJ/RS/MG, o Coritiba se fecha de tal forma, jogando por uma bola, que se o adversário não possuir jogadores de bom quilate técnico, e principalmente criatividade, o time Alviverde consegue alguns pontos, em sua maioria conquistados por empates.
O último exemplo aconteceu contra o Internacional pela Primeira Liga. O Coritiba jogou como time pequeno, assim como foi o Londrina ontem. O Internacional sem poder ofensivo, assim também como o Coritiba foi ontem, não conseguiu vazar a meta Alviverde.
O Londrina saiu na frente em uma bola alçada à área de Wilson. Mais uma vez, o Coritiba mostra problemas nas bolas aéreas (Está na hora de Gilson Kleina aprimorar este fundamento), e não conseguiu conter esta jogada. Contra o próprio Internacional o time Alviverde já tinha sofrido maus bocados com os cruzamentos para a sua área.
Voltando a maneira de atuar do Alviverde contra times grandes, a grande diferença é que os times que o Coritiba enfrenta e tenta se fechar de todas as maneiras, possui jogadores de maior envergadura técnica. E que as vezes em uma jogada individual ou até mesmo em um descuido do time Coxa, conseguia furar o bloqueio Alviverde.
E contra o Londrina o Coritiba não teve jogadas individuais ou vacilo da zaga adversária para conquistar os três pontos, com exceção do lance do gol de Amaral, quando na mesma jogada houve um vacilo do adversário, que perdeu uma bola dominada, e a insistência do garoto Guilherme Parede em continuar pressionando o jogador do Londrina.
No mais um time passivo, sem nenhuma criatividade, principalmente na meia-cancha, onde João Paulo não fazia com qualidade a transição do meio para o ataque, e ainda desperdiçava as cobranças de bola parada, e com Juan fazendo uma partida apática, não criando, muito menos atacando.
Com a entrada de Ruy, a apatia na meia-cancha continuou. Nada se criava, e com isso os atacantes não apareciam, a não ser para brigar pela bola ou para sofrerem faltas.
Um time que vem brigando nos últimos anos apenas para não cair, não pode depender apenas de Juan, Ruy, Dudu, entre outros para criar jogadas para os atacantes.
E sem criatividade na meia-cancha, e sofrendo forte marcação dos adversários, os atacantes Negueba, Leandro e Kleber passaram praticamente a partida toda sem oferecer perigo ao time londrinense.
O time Alviverde até chegou a ficar alguns poucos minutos com dois jogadores a mais em campo, mas a falta de tranqüilidade do time, e a apatia de alguns jogadores quase fizeram que o Londrina conseguisse uma vitória heróica no Couto Pereira, impedida apenas pela limitação técnica do atacante Bruno Batata.
O time não é de todo ruim, aliás na mediocridade técnica que assola grane parte das equipes do futebol brasileiro, continuo com a opinião de que falta muito pouco para deixar este time em boas condições de disputar algo um pouco melhor do que apenas brigar para não ser rebaixado no Campeonato Brasileiro.
Mas é preciso contratar, mas contratar jogadores que venham e resolvam, e não apostas.
Apostas por apostas que sejam utilizadas as que foram formadas no Couto Pereira, pois com certeza sairão mais baratas.
O atacante Ortega já chegou e acredito que este paraguaio será muito útil ao Coritiba e não apenas um produto falsificado vendido em Ciudad de Leste.
Agora falta um camisa 10, que não seja uma aposta como Luciano Acosta ou irregular como Felipe Menezes, mas sim um jogador que venha, vista a camisa 10, sem dono desde a aposentadoria de Alex, e resolva definitivamente os problemas de criatividade do time.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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