Falando de Bola
Os números de Marcelo Oliveira nos jogos fora de casa em sua primeira passagem pelo Coritiba não lhe concederiam nenhuma vantagem em seu currículo. O time jogava muito bem em casa, mas fora dele não incomodava ninguém, com raras exceções.
Hoje, contra o São Paulo, pouco se esperava do time Alviverde. Vários desfalques, quatro derrotas seguidas, time com o moral baixo e pela frente um adversário que vinha de uma grande vitória.
Mas este campeonato brasileiro realmente tem sido surpreendente e qualquer prognóstico que se faça neste momento, a não ser o grande favoritismo do Corinthians torna-se precipitado.
A vitória contra o São Paulo, frente a mais de 53 mil torcedores teve vária surpresas favoráveis.
A primeira delas a arbitragem isenta de Péricles Bassol, que até pênalti marcou para o Coritiba. Logo ele, que tantas vezes já prejudicou o time Alviverde.
Romércio foi outra grata surpresa. Entrou na fogueira, devido à infelicidade de Thalisson Kelven, outro garoto colocado apenas por não ter outro mais experiente disponível. E o jovem da base foi muito bem, tanto por baixo quanto por cima. Pegou pela frente Pratto e cia e não se intimidou.
Na lateral-esquerda Tiago Carleto jogou muito e até chorou de emoção no final. Bateu com personalidade o pênalti e fechou bem o seu lado, mesmo enfrentando o lépido Marcinho. Ganhou moral com o treinador e não será surpresa se William Matheus esquentar um banco.
A meia-cancha criou pouco, mas defendeu bem. Alan Santos jogou muito e até Galdezani, jogando mais centralizado rendeu melhor. Yan Sasse foi discreto, mas o pouco que mostrou já foi melhor que Tiago Real e Tomas Bastos. Na ausência de Anderson deve seguir na equipe.
E no ataque, Alecsandro, muito participativo, foi importante. Até achei que bateria o pênalti, mas foi um alívio quando vi que não era ele. Pois se errasse, seria queimado definitivamente com o torcedor. Rildo, que vinha muito mal, foi o mentor dos dois gols. Grande atuação de um cara que merecia banco.
E como não falar do Filigrana. O colombiano que até agora não tinha mostrado nada, a não ser ver a torcida questionar quem o indicou ao Coritiba. Duvido quem não pensou o que Marcelo Oliveira queria quando colocou Filigrana em campo no lugar de um meia. E não é que deu certo, e o contestado jogador fez um gol importantíssimo.
O grande nome, mais uma vez, foi o goleiro Wilson. Quando o time precisou lá estava ele para fechar a meta Alviverde. Só não conseguiu evitar quando a bola foi chutada praticamente da risca do gol.
Os três pontos foram importantíssimos. Recuperam a moral do time, deram tranqüilidade a Marcelo Oliveira e tiram o Coritiba da zona do rebaixamento e consequentemente jogam o time Alviverde para o meio da tabela. Ainda mais perto da zona é verdade, mas não dentro dela.
O time ainda carece das peças que estão fora e também de jogadores que cheguem para sanar algumas carências da equipe. Mas a vitória precisa ser comemorada, principalmente nas condições que foi e também com a seqüência negativa que o Coritiba vinha.
O próximo jogo é contra a Chapecoense. Partida difícil, mas depois de vários jogos sem vencer no Couto Pereira, chegou a hora de voltar a conquistar os três pontos em casa. E com mais três pontos, a zona fica ainda mais longe.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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