Falando de Bola
Sabe aquele jogo fim de feira, onde dentro de campo não se tem mais nada em disputa?
Então, Coritiba e Rio Branco parecia aquele jogo apenas para cumprir tabela, tamanha a mediocridade dentro de campo.
Antes vamos falar do time parnanguara, praticamente uma equipe semi-amadora. Um de seus melhores jogadores é o lateral-direito Raul, revelado pelo Coritiba, mas que fugiu para o Atlético, junto com o Choko. Raul, que era uma grande promessa, não passou disso, e ano passado estava jogando futebol de sete com a camisa do Coritiba. Se destacou na competição e foi chamado para jogar o paranaense pelo Rio Branco. Só aí, já dá para ter uma noção do time que o Coritiba enfrentou. Ah, mas nem tudo no time da Estradinha é ruim. Olho no volante Marco Tulio, o camisa sete deles. Bom jogador.
E foi justamente deste time semi-amador, que o "grande" Coritiba , pelo menos em nível regional, não conseguiu ganhar.
Como disse no twitter durante o jogo, fiquei realmente assustado com o que eu vi. A equipe de Sandro Forner parecia que tinha se reunido na hora do jogo para entrar em campo, tipo aquelas peladas de final de semana, tamanha a falta de entendimento dentro de campo.
A desculpa da temporada estar apenas começando não cabe mais. Você não precisa de muito para vencer equipes semi-amadoras, casos de Rio Branco e Prudentópolis. Precisa apenas de um pouco de qualidade e vontade de vencer. E isso foram duas coisas que pareceram não passar perto do Alto da Glória ontem, pelo menos no lado Alviverde.
Concordei e achei certa a filosofia da nova diretoria em utilizar a base em detrimento a trazer um caminhão de jogadores no começo do ano, mas é preciso então, que o treinador corrobore para que a filosofia seja implantada com sucesso. Não adianta escalar alguns jogadores apenas por serem mais experientes, sendo que você tem no elenco alguns jovens pedindo passagem.
Ontem, o time vinha mal, e quando Julio Rusch entrou no lugar do burocrático João Paulo, o time ganhou em mobilidade e dinâmica na meia-cancha. O chamado fato novo, que a torcida tanto espera, apareceu quando o capitão do Sub-20 entrou em campo. O time melhorou da água para o vinho, e isso que o jogador é um volante, e não um homem de criação ou um atacante. E ainda teve personalidade para assumir a bola parada do time, uma delas que resultou no gol de empate.
Quando você opta por lançar vários garotos no time de cima, como é o caso do Coritiba, o ideal é que você tenha uma boa base mais experiente, formada por uns seis ou sete jogadores no mínimo, para que os jovens possam desenvolver seu futebol com tranquilidade. O problema é que o Coritiba não tem isso atualmente. Pelo jogo de ontem, apenas Wilson e Kleber podem dar o suporte técnico que a garotada precisa. Eu ainda aposto também no Ruy, que tecnicamente é bom jogador, mas ele parece ainda em condições físicas abaixo do ideal.
Sendo assim, não é necessário esperar o início da Série B para contratar pelo menos uns três jogadores que venham para serem titulares absolutos e ajudarem Wilson e Kleber a dar todo o suporte para Thalisson Kelven, Julio Rusch e cia.
Se isso não acontecer, a corda vai arrebentar para o lado de Sandro Forner, pois a cultura futebolística brasileira é cruel. Se o time vai mal, sobra para o treinador, mesmo que o time que lhe foi entregue seja fraco.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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