Falando de Bola
A derrota para a Ponte causou a demissão do Pachequinho.
Seria difícil, praticamente impossível segurar o treinador depois de ser goleado por um time que também estava pressionado e com seu fraco treinador correndo risco de ser demitido.
A escalação inicial utilizada na partida de ontem já mostrava um Coritiba sem rumo.
Pacheco até tentou mudar alguma coisa, mas já era tarde demais. Deveria ter mudado antes, quando a seqüência de maus resultados começou a aparecer.
Vendo a escalação de ontem, a impressão que se tem é que em alguns momentos anda lendo muito as redes sociais para escalar o time.
Assim foi quando Léo foi escalado na direita, Rildo e Berola juntos, e ontem William Matheus mais avançado. Todos pedidos feitos em coro em algumas redes sociais.
Isso pode até parecer besteira e acho difícil o treinador ter se deixado influenciar, mas o fato é que a escalação inicial de ontem mostrou um treinador perdido a frente de um time em que não se conseguiria mais tirar leite de pedra.
O Coritiba de Pachequinho estava em queda livre, portanto, a única coisa que restava para tentar salvar a temporada, seria sua demissão.
Aliás, esta a atitude mais fácil. Porque enquanto o treinador é demitido, continuam no clube figuras que ajudaram a montar este time que não deram ao treinador opções mínimas para que conseguisse fazer o básico, como montar uma meia-cancha de qualidade.
Ernesto Pedroso é uma delas, o diretor que chegou a dizer que o Coritiba tinha um time de craques e que mandou torcedor mudar de time após a goleada sobre o Avaí. Um senhor, de trabalho arcaico, que ainda parecer viver e trabalhar como se estivesse nas décadas de 60 ou 70.
E a outra é Alex Brasil, também responsável pela montagem do time enquanto diretor de futebol.
Mandar embora o treinador é fácil, o duro é o presidente Rogério Bacellar tomar uma atitude e reformular seu Departamento de Futebol.
A demissão de Pachequinho, justa, talvez tardia, é a cara do Coritiba. Um clube sem nenhuma filosofia, que levou três meses para efetivar seu treinador, mostrando lá trás que não tinha nenhuma segurança em seu trabalho, mas que sabe-se lá o porquê decidiu efetivá-lo.
Preocupa o que vem por aí para o lugar de Pachequinho.
Vagner Mancini parece o mais cotado, enquanto Marcelo Oliveira parece ser o sonho da maioria.
Não gosto de Mancini. Não o vejo como um treinador que vai resolver os problemas do time. Se vier, torcerei por ele, mas não acho que dura até a metade do segundo turno. Seus últimos trabalhos não trouxeram resultados satisfatórios.
Gosto de Marcelo Oliveira e acho que pode ter a chance no Coritiba de retomar sua carreira, mas acho difícil que venha pelo alto valor do seu salário.
Se a realidade financeira do Coritiba influenciar na contratação do treinador, acho que Vagner Mancini estará próximo de ser contratado.
Quanto a Pacheco, resta agradece-lo pelo título estadual que não vinha desde 2013, e com uma vitória linda sobre o maior rival dentro de seus domínios.
Valeu Pacheco!
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