Falando de Bola
Esperei alguns dias para escrever novamente neste espaço, não muito é verdade, afinal hoje faz três dias que o Coritiba foi rebaixado.
A dor do rebaixamento ainda está viva dentro de mim. Confesso que acreditei até o último momento que o time se safaria desta queda. E isso quase aconteceu se não fosse à displicência e sonolência de alguns jogadores no segundo gol da Chapecoense.
Aliás, a forma com que aconteceu aquele gol retrata bem o que foi o Coritiba neste brasileirão e coroou de forma melancólica este cenário dantesco.
Eu devia ter percebido que aquela agonia que senti após a derrota para o São Paulo estava querendo me dar um aviso. E o recado era claro: “Não se iluda, Ricardo. Este time sem alma sacramentou seu rebaixamento após o segundo gol do time paulista.”
Realmente eu não quis acreditar que ali todas as esperanças tinham ido por terra. Mas realmente o subconsciente estava certo. Este time não tinha mais salvação.
E a agonia foi maior ainda ao ver o time levar o segundo gol da Chapecoense ao mesmo tempo em que o Flamengo virava o jogo contra o Vitória, em um gol de pênalti que salvaria o Coritiba, se não fosse o gol de Túlio de Mello.
Ali, a realidade veio à tona e oito anos depois o time Alviverde estava de volta à segunda divisão, atualmente o único campeonato nacional que consegue se mostrar grande.
E assim, a vida continua a seguir ao Coritiba. Recomeçar do zero, mais uma vez, é a palavra. Só que agora na segunda divisão. Sem o glamour dos confrontos contra grandes equipes do futebol brasileiro.
Saem os jogos contra Flamengo, Corinthians, Palmeiras, Grêmio, Cruzeiro e entram as partidas contra CRB, CSA, Brasil de Pelotas, Juventude, Londrina, entre outras equipes menos tradicionais do futebol brasileiro.
Mas antes disso acontecer, no próximo sábado o destino do Coritiba nos próximos três anos será definido.
O presidente que assumir pegará um clube em frangalhos, com o ego ferido e na segunda divisão. O trabalho deverá ser árduo, duro, mas as chances de ter sucesso já em 2018 são muito maiores, pois na Série B o Coritiba será o time grande a ser batido. Com um orçamento muito maior que a maioria dos seus concorrentes, a chance do time Alviverde subir será muito grande.
Mas para que isso aconteça é preciso que o novo presidente trabalhe muito e seja bem assessorado, para que consiga fazer um trabalho muito melhor do que foi feito pela gestão de Rogério Bacellar.
E quem sabe assim, o Coritiba possa voltar a ser grande e reascender o orgulho de seu torcedor.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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