
Fatos e Argumentos
Olá pessoal..
É com grande satisfação que volto a escrever para o Coxanautas, agora com um blog específico.
Há dois anos, eu escrevia as avaliações pós-jogo aqui no site, mas o tempo ficou curto para continuar.
Agora com muita alegria volto para expor mais opinião e discussão em prol de um site melhor e um Coritiba mais forte.
É grande minha responsabilidade e honra de dividir este espaço com pensadores do Coritiba como o Honório, Percy, Popini, Algauer, Tony, Gibran, entre outros, e prometo fazer meu melhor.
Pretendo utilizar este blog para analisar informações sobre o futebol do Coritiba, colher dados crus e tentar extrair informações a partir deles, sempre com o intuito de discutir as opiniões dos colegas leitores, afinal, no Brasil e em Curitiba, somos milhões de treinadores espalhados.
É isso, pessoal. Espero que gostem.
É incrível como ainda me surpreendo com as pequenas coisas que acontecem no esporte. No Panamericano que aconteceu em Guadalajara, temos alguns exemplos: o salto que Daiane dos Santos novamente não conseguiu completar, a seleção de futebol que voltou sem sequer uma vitória. Todo esse esforço despendido para, na hora H, a execução não sair conforme o esperado por detalhes...
No Campeonato Brasileiro de pontos corridos, no decorrer destes anos, pudemos aprender a duras pedradas o quanto os pequenos detalhes fizeram a diferença. Nos dois anos que caímos, a diferença de dois e de um ponto determinaram nosso destino. Quantos erros de arbitragem não foram responsáveis por esse pontinho precioso?
Esse ano não foi diferente!
A diferença não foi de um ponto, mas foi nos detalhes, mínimos detalhes...
Saliento alguns que traçaram nosso rumo nesse Brasileirão:
- Falha do Édson Bastos nos gols do Palmeiras e do A. Paranaense no Couto Pereira. Com quatro pontos a mais no campeonato me pergunto se a motivação seria a mesma. Será que, disputando de perto uma vaga na Libertadores, o desempenho e o resultado da partida contra o Bahia em casa, por exemplo, seria o mesmo?
É irreal pensarmos que o time está com a mesma motivação hoje do que estava na final da Copa do Brasil. É evidente que não! Nosso time, quando obstinado pela vitória, no Couto Pereira, é quase imbatível.
- Se conseguíssemos um golzinho contra o Bahia em Pituaçu, quando dominamos 100% do tempo a partida e a bola insistiu em não entrar. Poderia ter sido naquele impedimento que o auxiliar assinalou incorretamente em que Bill sairia cara-a-cara com o goleiro Marcelo Lomba.
Interpreto que foram estas três (ou quatro) partidas que nos tiraram definitivamente de uma briga por uma vaga na
Libertadores. Por mais pífio que seja nosso desempenho fora de casa, duas dessas partidas deixamos de vencer em nossos domínios. Hoje o Coritiba com 6 pontos a mais na tabela de classificação estaria com objetivos muito melhores traçados.
Por que não citar também a derrota em casa com o time titular para o Atlético Goianiense na primeira partida do primeiro turno? Não aprendemos ainda que o primeiro jogo tem exatamente o mesmo peso que o último?
São essas pequenas lições que diferenciam os profissionais dos amadores.
Não há que se discutir que estas falhas ocorrem e são comuns, mas é possível perceber o quanto pequenos detalhes podem influenciar o destino de uma equipe.
Por que não deixar de citar o "detalhe" da escalação de Marcos Paulo na final da Copa do Brasil?
Por detalhes como esse, Popini perfeitamente descreveu o time do Coritiba como time do "quase".
Existe uma regra na Administração que se chama Regra do 95/5. Segundo essa regra, você pode apresentar 95% de um serviço com maestria e precisão, porém, os 5% finais são cruciais para determinar a impressão de um cliente. Caso os 5% finais apresentem uma falha grotesca, a visão integral do usuário será comprometida.
Por essa ótica, na opinião desse que vos fala: Faltou pouco!
Faltou caprichar nos 5% finais: no detalhe da finalização, na atenção a mais na cobrança de falta, na substituição no momento certo... E isso comprometeu nossa visão emocional, de torcedor, sobre os 95% do trabalho executado com maestria.
É possível? É! Mas pelo que mostramos nesse brasileirão, está difícil acreditar.
Alex Meger de Amorim
Twitter: @AlexMeger
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