Futebol, Ciência e Opinião
Os principais estádios de futebol, tanto no Brasil como no exterior, possuem salas de aquecimento. São espaços cobertos com grama sintética, especialmente reservados para o aquecimento antes das partidas. Essas salas foram consideradas grandes inovações, proporcionando maior conforto e espaço para tal procedimento, tão importante antes das partidas.
Apesar da praticidade, o aquecimento “indoor” não substitui o aquecimento no gramado.
O Sistema muscular, através da contração muscular, é responsável pelos movimentos do atleta, seja para correr, saltar, chutar, até mesmo permanecer em pé. Os dados são processados no Sistema Nervoso Central, que envia através de “vias motoras” impulsos elétricos aos músculos, que são estimulados a contrair de acordo com as necessidades.
Por outro lado, o cérebro precisa ser “alimentado” com informações sobre o meio, tal como: altura do gramado, seco ou molhado, duro ou macio, tipo de grama, velocidade da bola (alguns gramados a bola desliza mais do que outros), entre outras informações a respeito do local de jogo. Esses dados são enviados ao cérebro por “vias sensoriais”.
Quando o aquecimento não ocorre no local de jogo, levarão alguns minutos para que o cérebro tenha acesso as informações e possa enviar estímulos aos músculos de maneira adequada, podendo prejudicar o rendimento no início da partida.
As equipes que jogam em seus estádios, normalmente fazem o ultimo treinamento da semana no campo de jogo, afim de “alimentar” o cérebro com essas informações, reduzindo significativamente o prejuízo, mesmo assim no momento da partida as condições podem não ser as mesmas devido a condições climáticas.
As equipes visitantes que não realizam o aquecimento no gramado são as maiores prejudicadas, pois além de não conhecerem as condições do campo de jogo ainda realizam esse procedimento em piso totalmente diferente do que encontrará no momento da partida.
As competições internacionais, estabelecem que o visitante poderá realizar um treinamento para reconhecimento do gramado, justamente para minimizar esse prejuízo.
A psicologia desportiva, relata que o aquecimento dentro do gramado pode reduzir o impacto em relação ao torcedor, seja em casa como fator motivacional, seja como visitante em relação a hostilidade.
O ideal é que o aquecimento seja realizado no campo de jogo, utilizando métodos que não prejudiquem a qualidade da grama, ao invés de salas com piso sintético.
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