Futebol, Ciência e Opinião
A história vem demonstrando, que a manutenção das principais peças do elenco é fundamental para o sucesso na temporada seguinte, isso ocorreu em grandes clubes e no Coritiba inúmeras vezes.
Esse mesmo histórico, também demonstra que a negociação de grandes jogadores pelo clube enfraquece muito elenco, já que as reposições nunca atingem o mesmo desempenho.
Em geral, pelo menos 80% da equipe titular deve ser mantida para o ano seguinte, as contratações devem ser pontuais na reposição dos atletas que deixam o clube e nas posições mais carentes durante o ano anterior.
Um clube como o Coritiba, com um orçamento muito distante em relação as principais equipes do Rio, São Paulo, Minas e Rio Grande do Sul, não se pode dar o luxo de grandes erros na fase de contratação.
O calendário exige elenco qualificado, não apenas os 11 titulares, mas pelo menos um reserva de qualidade para cada posição. Em 2012, a equipe titular tinha muitas limitações técnicas, já boa parte dos atletas reservas do grupo eram pouco qualificados, infelizmente alguns deles com altíssimo salário.
A realidade, é que o orçamento do Coritiba não permite que jogadores reservas recebam salário de 50, 80, 100 mil reais/mês, como ocorre no Flamengo, Fluminense, São Paulo, Corinthians, Internacional, etc.
O que fazer então ?
A solução está nas categorias de base, atleta para completar elenco deve ser sub20 ou recém promovido ao profissional. O que vemos na prática é que vários atletas que fazem parte do grupo reserva do Coritiba(muitos nem são relacionados para os jogos) são no mínimo do mesmo nível dos garotos formados no clube, ainda que eu entenda que são superiores tendo em vista o custo/benefício. Exemplo clássico é lateral Dênis.
A “galinha dos ovos de ouro” está dentro do Coritiba. O que o clube gasta com um atleta como o Chico, incluindo, luvas, salários, impostos, etc, no mínimo 1 milhão de reais/ano. Esse valor é suficiente para manter o custo anual de um sub20 de alto nível. Qual é o melhor investimento ?
Enquanto o clube não se desvencilhar desse “parasitas” chamados “empresários parceiros”, que negociam um bom jogador com o clube e acabam empurrando meia dúzia de pernas de pau, teremos que conviver com Urso, Robinho, Chico, Eltinho.
Enquanto isso, nossos atletas formados no clube ficam em segundo plano, são emprestados para clubes semi-amadores de baixíssimo nível e no final da temporada são cobrados porque não tiveram um bom desempenho. Perde o atleta e principalmente o Coritiba, que fica na mão dos empresários e desperdiça todo o investimento no jogador durante a fase de formação.
Investir no patrimônio do clube é a formula do sucesso, parcerias é a fórmula do fracasso, o exemplo do Avaí e Paraná Clube está ai para comprovar.
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