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O técnico Alviverde teve bons momentos no primeiro semestre, comandou uma equipe praticamente formada, um dos melhores elencos que o clube nos últimos anos, que mantinha uma base entrosada desde 2009, assim conseguiu um título estadual invicto, uma extraordinária seqüência de vitórias e chegou a final da Copa do Brasil.
Uma final inédita, quer serviria para consolidar sua competência e ingressar no grupo dos treinadores da primeira linha do futebol brasileiro, infelizmente Marcelo Oliveira fraquejou no momento mais importante da história do Coritiba nos últimos 25 anos. Resolveu literalmente “inventar” no lugar de um atacante suspenso, escalou um volante com características absolutamente defensivas, um atleta sem experiência, renegado a reserva, quando precisávamos de gols, sim vencer a partida em casa com o apoio do torcedor contra um adversário assustado. No final, implorávamos por mais alguns minutos, os mesmos que perdemos com Marcos Paulo em campo.
Perder faz parte do esporte, entretanto ser derrotado por se portar com clube pequeno, isso é imperdoável e vai contra a fantástica história do Coritiba Foot Ball Club, um clube que sempre foi respeitado como gigante que é.
A atitude de clube pequeno na final da Copa do Brasil por parte treinador Alviverde, permaneceu durante a disputa do Campeonato Brasileiro, com um dos piores retrospectos do clube em partidas fora de casa.
A título de curiosidade, contrapondo as declarações do treinador que o Coritiba estaria realizando uma das melhores campanha dos últimos anos, em 2009, ano do rebaixamento, chegamos a 31ª rodada com campanha fora de casa superior a apresentada em 2011, foram 13 pontos conquistados contra os atuais 11, mais gols marcados, menos sofridos e 3 vitórias.
Em casa, o Coritiba faz uma boa campanha, com 68% de aproveitamento, mas nada de tão extraordinário, comparado com clubes como Palmeiras(60%), Santos(60%), Grêmio(62%), Atlético-GO(58%), todos próximos na classificação, lembrando que tradicionalmente o Alviverde é muito forte dentro do Alto da Glória.
A diferença na tabela de classificação está justamente nos pontos conquistados fora de casa, o Coritiba empatou 5 partidas e foi derrotado em 9 oportunidades. Duas vitórias em jogos que a equipe foi derrotada e 2 vitórias em jogos que houve empate, representaria 10 pontos, o Alviverde não só estaria na zona de classificação para a Libertadores mas brigando pelo título com 52 pontos, cinco a menos que o Vasco.
Falta ambição, faltou coragem. Em competições de pontos corridos, é melhor perder duas e vencer uma fora de casa do que empatar três, já que o primeiro critério de desempate é o número de vitórias. Lembrando que fomos derrotados fora de casa por clubes que lutam contra o rebaixamento, como Ceará, Cruzeiro e empatamos com o Avaí e Bahia, clubes que fazem uma péssima campanha como mandante.
Como torcedor sou grato pelos serviços prestados por Marcelo Oliveira, mas entendo que sua falta de ambição e vontade de vencer adversários tradicionais do futebol brasileiro, não combina com a excelente transformação administrativa do clube.
Não dá mais para permanecer ouvindo o discurso que sempre destaca a grandeza do adversário que nos vence, seja pela camisa, seja pelo poder econômico.
O Marcelo Oliveira foi um bom treinador em 2011 ? Na opinião desse colunista a resposta é não, perdemos a oportunidade de disputar as primeiras posições no brasileiro, vencer uma competição nacional. Com o excelente elenco do Coritiba, não poderíamos mais uma vez chegar no final do ano com apenas um título estadual, sem almejar nada de mais importante, faltou ambição e coragem.
Se queremos ser grandes, devemos nos portar como grandes, precisamos de um treinador vencedor em 2012 !
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