Futebol, Ciência e Opinião
Como é bom ver os garotos do Alto da Glória em campo, atletas formados no clube que além da responsabilidade profissional trazem uma história de identificação com o Coritiba.
Não se faz uma equipe competitiva apenas com jogadores formados nas categorias de base(o Barcelona chegou perto), entretanto o desprestigio em relação aos atletas formados no clube vem sendo evidente a algum tempo.
Na noite de hoje tivemos a oportunidade de observar o retorno de Dênis, que após um inexplicável desprezo e empréstimos para clubes de terceira linha do futebol brasileiro, fez uma ótima partida demonstrando que possui qualidade superior a limitadíssimo Eltinho. Poderia ainda ter sido uma opção no período de titularidade de Lucas Mendes, principalmente nos jogos em que o elenco se mostrava carente de lateral ofensivo.
Em relação a Willian, um guerreiro, Thiago Primão fazia uma boa partida até ser substituído, tenho convicção que possui capacidade para em breve ser titular absoluto da equipe Alviverde.
A diretoria do Coritiba que tanto prega o planejamento, deve descrever no relatório de “lições aprendidas”, que antes de sair no mercado buscando jogadores de nível duvidoso, é preciso olhar com carinho para as categorias de base do clube.
O Alviverde não tem condições de concorrer financeiramente no inflacionado mercado do futebol brasileiro, é preciso formar, valorizar e dar oportunidade aos atletas que são oriundos da base. O clube já desprezou uma boa safra de garotos, preferiu apostar em atletas de baixa qualidade técnica, na reta final são os jovens que estão dando conta do recado.
O atleta formado no clube não deve ter facilidades ou privilégios, suas deficiências técnicas não devem ser encobertadas pelo fato de ser um “jogador da casa”, entretanto é preciso que tenham oportunidade de atuar na equipe profissional.
No desgastante campeonato nacional, o clube precisa ter um elenco grande e qualificado, para isso os custos são altos. Na opinião desse colunista, é inaceitável que o terceiro reserva da posição seja um atleta contratado pelo Coritiba.
Caso o sub20 da posição não tenha condição de fazer parte do grupo nessas condições, provavelmente não terá capacidade técnica para atuar no profissional no futuro, é preciso rever os conceitos na base.
Os garotos não devem jogar apenas quando o clube não tem condições de contratar, como sempre ocorreu nas fases em que o Coritiba mais revelou atletas no transcorrer de sua história.
O segredo dos clubes do porte financeiro do Coritiba, é colher na base e não no mercado através de parceiras com empresários “vampiros”.
Nascer, crescer, viver, Coritiba até morrer !
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)