Futebol, Ciência e Opinião
Uma mentira contada mil vezes pode se tornar uma verdade, parece essa a tese de alguns em relação ao estádio Joaquim Américo.
Confesso que gosto de ler as colunas de Augusto Mafuz, sem sombra de dúvida um dos grandes colunistas desse estado e figura histórica do futebol paranaense, entretanto quando trata do clube de coração perde completamente a razão.
Afirmar que o A. Paranaense está sendo injustamente prejudicado pela construção do seu estádio só pode ser piada. Com o apoio financeiro da absurda engenharia financeira chamada “potencial construtivo”, que transfere títulos públicos para um clube privado como garantia de empréstimo, o clube da Água Verde vem observando sua praça esportiva sendo reconstruída e seu patrimônio crescendo ás custas da população.
O A. Paranaense não está ajudando o poder público, está sendo de vergonhosamente favorecido. A Copa do Mundo é um evento particular e não público, lembrando que foi o próprio clube que ofereceu sua praça esportiva para a CBF, enquanto a FPF concorria pela construção de um novo estádio na área do Pinheirão. Além de candidato como estádio do mundial de 2014, foi divulgado que o local já estaria 80% adequado as exigências da FIFA, quando não verdade nunca esteve.
Durante o evento de escolha de Curitiba como sede do mundial, a impressa divulgou amplamente as responsabilidades, o poder público com as obras de infraestrutura, já o clube teria como obrigação adequar a praça esportiva, dossiê já publicado no Coxanautas.
Na época, várias entidades especializadas em urbanismo, defendiam que a localização do estádio Joaquim Américo era uma péssima alternativa em função das vias de acesso, estacionamento e local central, afirmando categoricamente que o melhor opção seria realmente a área do Pinheirão.
Não adianta protestar na frente do estádio correndo o risco de ser agredido ou depredar o patrimônio do clube da baixada, a resposta deve ser nas urnas e quem sabe um dia pela ação pública movida contra essa vergonha.
A legalidade e moralidade devem estar acima do futebol ou paixão clubística, antes de torcedores somos cidadãos.
Por que a prefeitura nunca utilizou o potencial construtivo para arrecadar valores e investir na construção de escolas e hospitais ?
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