Futebol, Ciência e Opinião
Em primeiro lugar um 2022 com muita paz, sucesso e alegrias a todos os leitores do blog.
Confesso que o ano inicia com preocupação em relação aos reforços, acredito que isso deva ser feito com o mínimo de critério.
Fica evidente que nosso plantel necessita de inúmeros reforços para 2022, pois apesar do acesso, foi evidente as deficiências na reta final, que por muito pouco não nos manteve na serie B em 2022.
Muito me incomodou o desempenho físico da equipe ao final da temporada, considerando que o Coritiba foi eliminado precocemente no estadual, o que reduziu o número de jogos e nos favoreceu em relação ao desgaste. Todos os clubes do Brasil contaram novamente nessa temporada com as 5 substituições, isso faz uma diferença enorme no rendimento físico da equipe, que também nos favoreceu.
Em algumas posts em redes sociais encontrei algumas elogios em relação ao desempenho físico da equipe, o que discordo completamente. Encontrei justificativas como "O Coritiba fez 60% dos gols no segundo tempo". Entretanto essa é a média de gols no futebol mundial 58% +-1,8% no segundo tempo, ou seja, está dentro do que se espera.
Ao realizar o levantamento detalhado encontrei os seguintes números, que inclusive divergem em relação que foi divulgado:
49 gols pró
22 no primeiro tempo:44,9%
27 no segundo tempo:55,1%
35 gols contra
12 no primeiro tempo: 34,3%
23 no segundo tempo: 65,7%
Considerando que após os 15 minutos do segundo tempo a fadiga passa a ser mais significativa, temos os seguintes números em relação aos gols sofridos, o Coritiba sofreu 14 gols, o que representa 40% nos últimos 30 minutos de jogo.
Apesar da quantidade de gols ao final da partida possa ser uma avaliação indireta, é um dado limitado para julgar a performance atlética, além disso leva em consideração uma média de todo o campeonato, quando na verdade é necessário avaliar por etapas, como trouxe em minha última coluna.
Considerando os últimos 10 jogos da equipe, os dados foram ainda mais preocupantes
Quantos aos reforços, dois me preocuparam muito:
1- Pablo Garcia
Jogador uruguaio de 22 anos, iniciou sua jornada nas categorias de base do Liverpool de Montevideo. Foi para o River Plate da Argentina e apesar de atuado nas seleções de base do Uruguai(que a nunca foi parâmetro) foi dispensando. Retornou para o Nacional do Uruguai fez 14 jogos no torneio Clausura, jogou 15 min nos playoffs, nenhuma partida na Libertadores, sendo emprestado ao River Plate do Uruguai. Nesse clube que foi décimo segundo colocado na competição, sendo reserva na maior parte dos jogos e ao final do contrato não houve interesse de renovação, nem pelo River Plate e nem pelo Nacional. Apenas 3 gols em 67 jogos como profissional.
Avaliação: São aquelas contratações inexplicáveis, não tem o mínimo de desempenho para jogar a serie A. Possui um empresário complicado que costuma causar dor de cabeça. Se o Coritiba quer atletas jovens no elenco, então que proporcionem oportunidades ao Robinho, Luizão, Biel e outros garotos da base. Dirão que não tem custo, mas sempre tem, é salário, moradia, visto de trabalho, comissão do empresário, entre outros. Essas contratações desmoralizam nossas categorias de base.
2- Egídio
Lateral esquerdo de 35 anos, extremamente rodado com característica ofensiva. Já em declínio técnico, fez sua última partida em 03/09/2021. Nas últimas 20 partidas do Fluminense não foi nem mesmo relacionado para o banco de reservas. Já vinha sendo criticado a muito tempo pela redução da sua capacidade físico/técnica.
Avaliação: Se o Coritiba quer montar um elenco competitivo para 2022, pode contratar atletas com idade avançada que tecnicamente estejam acima da média, entretanto os laterais são os mais exigidos fisicamente no futebol. Aqueles jogadores dessa posição que possuem característica defensiva, acabam se mantendo em bom nível após os 30/32 anos, o que não ocorre com os atletas ofensivos. É muito comum a migração desses atletas para o meio campo, que possui uma exigência física menor.
Amanhã escrevo uma coluna apenas para falar da falta de respeito com o Rafinha, pois se atleta não serve em função da idade, qual o critério para contratar o Egídio ? Pois tecnicamente o Rafinha é infinitamente superior, dentro da sua posição.
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