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Alysson Artuso02/06/09, 13h19
Futebol e Números
Coxa x Inter – Lição dos números
Amanhã o Coritiba faz seu jogo mais importante da temporada. O placar de 3x1 em Porto Alegre está longe de ser o ideal para o time coxa-branca, mas também não difere muito de uma derrota simples por 1x0 lá.
Com base nos números do jogo, algumas lições podem ser tiradas para o jogo da volta, começando pelo scout coletivo da partida.
| Internacional | Coritiba |
Gols | 3 | 1 |
Finalizações | 16 | 07 |
Finalizações em gol | 5 | 1 |
Escanteios | 5 | 2 |
Impedimentos | 1 | 2 |
Total de Passes | 343 | 306 |
% Acerto Passe | 84% | 86% |
Cruzamentos | 25 | 12 |
Lançamentos | 44 | 39 |
Defesas | 0 | 2 |
Desarmes | 34 | 10 |
Rebatidas | 24 | 22 |
Faltas Cometidas | 19 | 18 |
Nesses números dois pontos devem servir de alerta para o time coxa-branca. Primeiro a pouca agressividade ofensiva combinada com a falta de pontaria nas finalizações, seja por causa da marcação adversárias, das opção tática ou da qualidade dos homens de frente do Verdão. De qualquer maneira, apenas 7 finalizações, contra 16 do Inter, é um número baixo, e apenas uma ter sido na direção do gol é algo preocupante. Em segundo lugar o baixo número de desarmes do time, novamente os motivos podem ser a opção de marcação esperando o adversário, sem tomar a iniciativa do “bote”, ou a qualidade dos jogadores do Inter frente aos nossos defensores não permitiram uma maior quantidade de desarmes por parte do Coritiba. Se essa pressão pela posse de bola não se intensificar no segundo jogo, corremos o sério risco de ver o Internacional “cozinhando” a partida enquanto nosso time observa a troca de passe deles.
Agora os números individuais, começando pelo time colorado.
Primeiro destaque para o número de dribles do Taison, mostrando a necessidade de uma marcação muito próxima e com jogadores na sobra para poder anular a qualidade do jovem atacante. O próximo ponto são os números do desarme, em especial Bolívar e Magrão, jogadores que, se possível, deveriam ser evitados uma vez que estão com um bom índice de retiradas de bola. Uma alternativa seria uma movimentação intensa que os retirasse do centro do campo criando oportunidade para que os nossos jogadores avançassem com mais liberdade. Ponto favorável é que o lateral Kléber, que teve o melhor desempenho nesse quesito em toda a partida, estará fora do jogo de quarta-feira. O lateral também foi o jogador mais participativo nos passes dos gaúchos e sua ausência pode prejudicar também a saída de bola deles, com isso pode-se abrir uma bela oportunidade para o Coritiba construir suas jogadas pelo lado direito do seu ataque, esquerdo da defesa dos gaúchos. Ainda sobre os desarmes, o zagueiro Índio parece recorrer muito às faltas para parar as jogadas, uma alternativa talvez seja forçar o drible e a velocidade para cima desse defensor com o intuito de “cavar” um cartão e assim ter um ponto mais frágil na zaga do Internacional – pressioná-lo também pode ser uma boa pedida, já que ele realizou 10 lançamentos na última partida, evidenciando que com frequência ele pode “se livrar” da bola.
Por outro lado, os números individuais do Coritiba mostram uma necessidade maior de pagada por parte dos homens de meio-campo. Em conjunto, Leandro Donizete, Pedro Ken e Carlinhos Paraíba realizaram somente 4 desarmes no último jogo – número somado inferior aos 6 desarmes que Magrão realizou sozinho. Por outro lado, o Inter deixou que Leandro Donizete, Vicente e Carlinhos Paraíba trocassem muitos passes, concentrando a marcação principalmente em Marcio Gabriel e nos atacantes. Com a volta do Marcelinho Paraíba e os desfalques do Inter, pode ser uma bela oportunidade para o time coxa-branca se aproveitar da posse da bola para construir suas ações ofensivas. Porém, os atacantes precisam participar mais do jogo, principalmente Ariel/Hugo que na última partida pouco reteram a bola na frente e colaboraram para que a defesa alviverde estive sempre sob pressão, que dessa vez terão que tomar ainda mais cuidado com as faltas e os cartões ao marcar os rápidos jogadores colocados nos contra-ataques.
Há muito mais por detrás de uma partida do que apenas um scout, ainda mais simples como esse, porém alguns caminhos podem ser apontados pelos números. Que quarta-feira todas as ferramentas sejam usadas a favor do Coritiba.
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