Futebol: Razão x Emoção
Não, não foi um jogo fácil. Aliás estava bem difícil, com o ASA incomodando, e nós não criando muito, até Roberto cair para que o juiz anotasse penalti a nosso favor.
Quem cobraria? Tcheco, que dúvida? O Parabéns cantado no início da partida pela torcida era sinal claro de sorte para Tcheco, mas também, para um jogador de nervos fracos, poderia significar uma pressão ainda maior. Não significou. Bateu bem e converteu.
Com 1x0 no placar as coisas se acalmaram. Pudemos continuar tocando a bola, atrair o ASA, até que, num contra-ataque mortal puxado por Rafinha, Roberto cruza na área e Anderson Aquino está onde o matador deve estar, na cara do Gol. 2x0.
Como disse ontem, o jogo precisava e foi resolvido no primeiro tempo, mas ainda era preciso suportar ou ampliar este placar pelos 45 minutos restantes.
E aí sim se iniciou o baile, comandado pelo aniversariante Tcheco, que além de irritar os adversários com sua paciência e cadência, se adonou da meia cancha, tocando a bola, limpando jogadas, desarmando adversários, e dando passes precisos. Lá pelas tantas, mais ou menos aos 37 do segundo tempo, estava dando piques na lateral direita, como um garoto. Consciente de que o dono da festa é sempre quem trabalha mais, não pode descuidar um segundo pra que nada dê errado, serve a todos e é o último a sair, exausto.
Rafinha também destacou-se, indo pra cima, e deixando "avexados" seus marcadores. Emerson, como sempre, seguro e perigoso no ataque. Lincoln, singelo. Jonas, improvisado de volante, também. Eltinho e Gil, com algumas ressalvas foram bem nas laterais. Demerson e Vanderlei, apesar de alguns sustos nas saídas de bola, também não comprometeram.
Até Marcelo Oliveira, foi presenteado pelas boas entradas de Junior Urso e do contestadíssimo Everton Ribeiro, que em tabela rápida na entrada da área bateu de esquerda, fez o terceiro, e acabou de vez com o sonho do ASA que virou tulipinha.
Daí em diante, com toques de bola rápidos ao som de gritos de "olé", amorcegamos o jogo até o apito derradeiro.
Baile nas arquibancadas. Torcida alegre, cantante, empolgante como desde 2011 não se via. Que seja assim em todo o jogo daqui pra frente. Na noite do reencontro do Coritiba com o bom futebol e com sua torcida verdadeira, aquela que nunca abandona, o aniversariante do jogo era Tcheco, mas o presente foi nosso.
Que venha o Paysandu!!
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