Futebol: Razão x Emoção
Quando cheguei em casa, com a garganta doendo e seca de tanto gritar, pensei logo em escrever sobe o jogo que acabara de se encerrar. Preferi, no entanto, esperar abaixar a poeira que nublava meus pensamentos, bem como impregnava meu faceiro e ao mesmo tempo desapontado coração.
Faceiro com a vitória, mas desapontado por termos perdido clara oportunidade de estabelecer a maior goleada da história dos atletibas. Sim, porque, logo após o segundo gol, o momento era todo nosso. As crianças atleticanas estavam atônitas e perdidas, como bebês que perdem suas chupetas, e jogavam uma pelada indigna do preço do ingresso.
Muito por culpa do técnico deles, que antes mesmo do jogo começar já era ovacionado pelos seus “admiradores” que urravam: “Burro!” “Burro!”, e que resolveu inovar no clássico, mudando o esquema de 4-4-2 para 3-5-2, colocando sua defesa em uma linha tão burra quanto o próprio, segundo sua torcida, capaz de ser superada pela mais simples tabela, ou por um lançamento longo um pouco mais preciso.
Aliás, ao ver o rendimento esdrúxulo deste time rubro-negro e perceber que eles não são os lanternas, podemos ter uma ideia do quão fraco é o nosso campeonato, e de que a conquista do tetra é realmente obrigação do maior do Estado.
Voltando ao jogo. Mesmo escrevendo hoje quase 24h após a partida, não consigo perdoar a imaturidade e a irracionalidade de Deivid, que ganha, salvo engano, mais de R$200 mil por mês, e consegue ser expulso duas vezes seguidas. Em minha opinião, pela reincidência, o atleta deveria ser multado em seus vencimentos.
Após sua expulsão, somada à fatalidade de Gil, que foi tão imprudente quanto o goleiro Santos, talvez até mais, porque era Gil quem ganhava por 2x0, mais uma vez Marquinhos Santos foi obrigado a mudar seu esquema, abandonando o 3-5-2, recuando um pouco Patric na esquerda e colocando Leandro Almeida de ala direito.
Esta mudança, além da nítida tirada de pé do time Coxa, transformou o jogo que poderia ser um eletrizante massacre, em um morno treino Coxa-branca, que mantinha o domínio do jogo, tocava a bola de um lado para o outro, cozinhando, aos poucos, o galo. Tal atitude foi “premiada” no fim com o desconto no placar, que terminou 2x1.
E neste último parágrafo queria destacar a atitude irracional e irresponsável da eterna promessa atleticana Taiberson, que, após fazer o seu golzinho, superando Pereira facilmente na velocidade, saiu provocando a Mauá.
Se ele fosse até sua torcida, colocasse o dedinho na boca pedindo silêncio, ou fosse mais discreto em sua provocação, tudo bem, até porque, sou totalmente contrário à invasão politicamente correta que assola o futebol. Mas ele foi incisivo instigador da violência, tanto que foi reprimido pelos seus próprios colegas da creche furacão, e pelos jogadores do Coxa. Que a vida lhe ensine a importância do respeito.
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