Futebol: Razão x Emoção
Domingo não pude deixar de lembrar da canção do Cazuza: “Não me convidaram pra essa festa pobre, que os homens armaram pra me convencer. A pagar sem ver toda essa droga, que já vem malhada antes de eu nascer. Coxa, mostra tua cara! Quero ver quem paga pra gente ficar assim!?”
O Jogo foi ridículo. No plano tático, um bando de peladeiros que só poderia sucumbir diante de um adversário limitado, porém bem postado, com suas linhas de marcação próximas e movimentando-se em bloco do ataque à defesa e vice versa. No plano individual, um jogador pior que o outro, e a Império que apoiou essa diretora infeliz, se resumiu a protestar contra os jogadores. Nenhuma letra foi dita contra os contratantes e sua trupe intrépida. Cantou ainda, equivocadamente, pedindo raça... Ora, não faltou raça; faltou técnica, qualidade e fundamentos básicos do futebol. Vejamos até quando a organizada, como tantos outros cabos eleitorais, manterá esse silêncio gritante.
Enquanto a lei da mordaça impera entre os (ir)responsáveis que, ou se calam ou saem do clube, se acovardando de todas as formas possíveis, Ney Franco acumula as funções de treinador, CEO, gerente de futebol e empresário. Mais preocupado em reabilitar seus “peixes”, como Juan, coloca a pá de cal sobre o túmulo do glorioso.
A pergunta que fica é a seguinte: Você que entrou no “oba-oba” da “oposição” e comprou a ideia que qualquer porcaria seria melhor do que Vilson, em algum momento pensou no que Léo Gago diria sobre a gestão do Vilson? O que diriam Marcelo Oliveira, Emerson, Davi, enfim, aqueles que nos deram as últimas duas maiores alegrias, será que eles também achariam que qualquer desgraça seria melhor que Vilson?
Entre intrigas, vinganças pessoais, alianças familiares, interesses escusos e compadrio, o Coritiba segue seu Calvário. O pior não é cair, porque a gente cai, sobe, sofre, mas o amor é o mesmo. O pior são as 38 rodadas antes da queda; sofrendo, penando, acreditando, rezando, se iludindo e desiludindo como os vinte e sete mil que foram ver o mais recente vexame.
Não acredito em “volta Vilson” porque enquanto o estatuto do Coxa permitir essa oscilação entre situações ao pior estilo da república velha, nada irá mudar. Não acredito em impeachment, nem em “foras”, até porque, apesar da turma do “eu não tenho nada a ver com isso” já ter tirado o corpo fora, esses que ainda sobraram devem limpar a c*gada que fizeram.
Na esperança de que não nos esqueçamos daquilo que foi e não foi feito, deixo vocês com um trecho do “plano de metas” da campanha “gloriosa”. Uma campanha enganadora, manipuladora, baseada em factoides, sustentada por ídolos do presente e do passado feitos fantoches, e que hoje, como coxas de verdade que são, ainda que sem admitir, usam o nariz de palhaço como nós.
Trecho do plano de metas:
“Missão: proporcionar espetáculo ao torcedor, conquistando vitórias, títulos estaduais, nacionais e internacionais.”
“Visão: No futebol: manter-se sempre entre as 10 maiores equipes do futebol brasileiro.”
Veja mais, se tiver estômago, em: http://www.coxamaior.com.br/multimidia/
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