Futebol: Razão x Emoção
Não à toa dei esse nome ao blog. Pra mim o futebol é tão emocionante quanto nauseante. Causa-me das mais puras e celestes sensações, às mais espúrias e nojentas decepções e ânsias. Do gorfo ao gozo é um pulo.
Helio Cury segue em nossa Federação. Como diria Caetano, o avesso do avesso do avesso do avesso de Onaireves Moura.
Na baixada, atrasada e superfaturada, requerem mais cem milheiros de tijolos, cem caminhões de terra e outros tantos de dólares. Qual o problema? Aqui vão ser só alguns milhões a mais, nada comparado ao bilionário Mané Garrincha.
Na CBF, a guerra das liminares segue, e agora Ricardo Teixeira aparece até como suposto beneficiário da venda de Neymar, eis que parceiro antigo de mutretas de Sandro Rosell, gerentão do Barça. Uma espécie de Berlusconi da Cataluña.
Marco Polo Del Nero, o futuro presidente da CBF, é aclamado mais uma vez presidente da Federação Paulista. Antecipou as eleições marcadas para abril, a fim de desarticular uma tímida ameaça da oposição, bem como visando a eleição nacional. Politicagem da mais rasteira.
No Paraibão, uma plêiade de jogadores machucados no mesmo buraco daquele campo mais minado que as trincheiras do Camboja.
No Rio Grande do Sul, jogadores tem de pôr o pé dentro d’água gelada para suportar o deserto do gramado.
Lá, não sei onde, roubaram as chuteiras dos jogadores, e o motorista do ônibus sumido, diz que além de sequestrado pelos bandidos foi obrigado por eles a beber. E eu que como jurista achei que nunca veria um caso de absolvição por embriaguez involuntária...
Sejam bem vindos estaduais!
Azar de quem não tem oportunidade de assistir qualquer jogo de qualquer campeonato europeu, e tem de se contentar com jogos insólitos de “franquias” como Audax e comentários de Mullers, Netos, Roger Flores e tantos outros “jornalistas”.
DO COXA
De sócio renovado, e mensalidade de janeiro paga, espero, como sempre, ansioso pelo momento em que de novo, pelo vigésimo nono ano seguido pisarei nas arquibancadas do Gigante de Concreto Armado. Saudade inexplicável, que, pela razão, não deveria haver, mas como evitar amar o Coritiba? Ainda não descobri.
Da molecada não espero nada, e ninguém deve esperar nem cobrar nada. Deixa a piazada treinar e quem sabe pincemos alguns bons valores. Não adianta querer forçar a barra e exigir raça, gana e etc., sob o argumento de que são jovens e tem de correr atras da comida. Não existe mais este jovem apaixonado e deslumbrado no futebol. Todos já tem empresários, grupos de investidores, e empresas lhes assessorando. Não esperem que joguem por amor. Não esperemos que honrem a camisa. Honrando o salário e a palavra dada em contrato já está de bom tamanho.
De bom da derrota, esse menino, o lateral Rhuan, se houve bem. Djair, mais ou menos, esperava mais. Keirrison decepcionou, mas também merece um pouco (e só um pouco) mais de paciência.
Mas não fiquemos desesperados pelo Penta em risco, não vivamos só de títulos pequenos. Não comecemos a fazer greve de fome, passeatas, pichar muros e gritar palavras de ordem pedindo pela escalação do time principal. Acalme-mo-nos. O paranaense não vale tal esforço.
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)