Futebol: Razão x Emoção
Foi um jogo intenso ontem em Salvador cheio de oportuidades para ambos os lados. Um jogo em que os times queriam vencer.
Inteligentemente no início dos dois tempos o Coritiba retraía-se e esperava o Vitória abrir suas peças. Na sequência, por ter mais qualidade técnica, impunha seu jogo e oferecia severos riscos à defesa e à meta do goleiro Douglas, que com razão não inspira nenhuma confiança à torcida baiana.
O primeiro tempo foi morno e com poucas chances de gol. A formação da meia cancha Coxa em losango, com Junior Urso à frente da da Zaga, Gil e França pelos lados, Everton Ribeiro ao centro e à frente, criando jogadas, demonstrou-se a mais acertada, firme e eficiente, não dando espaços e ao mesmo tempo coesa e rápida nos contra ataques.
O segundo tempo foi bem mais intenso, com a saída de Neto Coruja e a entrada de Ananias, o Vitória melhorou e foi pra cima do Coxa que suportou bem a pressão. Deixou também mais espaços e, nos contra ataques, perdemos gols que não poderíamos ter perdido, com Everton Ribeiro, Everton Costa e Roberto. Roberto aliás, que esteve muito bem na armação de jogadas, mas foi muito infeliz nas conclusões. Que estes gols perdidos não façam falta quarta-feira que vem.
Do lado rubro-negro, o ataque esbarrou numa muralha alviverde chamada Vanderlei. Quando sozinho e de frente para Neto Baiano, Vanderlei cresceu e impediu que o vitória abrisse o marcador. Em outra jogada, de bola aérea, a defesa mais linda em minha opinião: Dinei, que também entrou e entrou bem no Vitória, cabeçeou para o chão e Vanderlei elasticamente com a ponta dos dedos mandou a bola para escanteio.
E como goleiro bom tem sorte, na única vez em que "falhou" ao rebater bola difícil pra dentro da área, Neto Baiano fez o gol no rebote, mas estava impedido. Aliás, em outro cruzamento Neto Baiano subiu sozinho e também fez o gol, mas estava novamente impedido.
Maior prova de que jogamos bem é que a partida se encerrou no Barradão, com o Coxa trocando passes na ofensiva baiana. Jogamos bem, mas poderia ter sido melhor. Faltou o gol.
Destaque positivo para a estréia de França que se demonstrou um excelente marcador e não me recordo de um erro sequer de passe. Foi substituído, exausto, por Sérgio Manoel.
Destaque negativo para Airton, que pode ter sentido a pressão, e apesar de não ter comprometido, não jogou bem, não acertando um único cruzamento, tendo sido substituído por Djair que entrou e correspondeu.
Agora a bola da vez é o Inter, eliminado da Libertadores, o campeão gaúcho é outro grande desafio que nós temos de superar. Sabemos bem como 3 pontos fazem falta no campeonato brasileiro.
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