Futebol: Razão x Emoção
O maracanã não merecia mesmo, Papai Felipão Pré-Scolari que mandou seus filhotes entrarem em campo como no maternal. O palco no qual já se apresentaram tantas grandes estrelas do futebol brasileiro e mundial esteve muito melhor com as cores da Alemanha e da Argentina.
Não torço contra a Argentina, que acho fez por merecer a taça, mas torço pela Alemanha, porque representa o melhor do futebol em todos os sentidos. Na organização, na valorização dos clubes e da sua liga nacional, na consistência e persistência do trabalho sob um comandante moderno, e que tem comandados craques em quase todas as posições.
O meio campo da Alemanha é sensacional, Kroos, Schwiensteiger, Oezil, entre outros, enfim. É um time que se dá ao luxo de deixar Gotze e Schürle no banco, dois que entraram no segundo tempo da final pra resolver o jogo.
O Brasil, que antes tinha a ginga e a “desorganização” simpática e talentosa, nem isso tem mais que os alemães. Nosso “craque” é um oxigenado cai-cai, que jamais será ídolo, a não ser das “molhadinhas” de plantão, que também gritam e se descabelam por Bieber e Felipe Dilon. Simpatia, descontração, aliás, que foram as marcas da seleção alemã. A nossa “sem-noção” brasileira, foi antipática, sisuda, chorona e flácida como seu treinador. Alegria e ousadia? Só a globo via.
Para o Brasil, foi a Copa dos inversos. O que se achava dar errado, e do que se tinha medo, deu certo. A estrutura, aeroportos, e a receptividade e a educação do povo. Nós, o povo brasileiro, estamos de parabéns pela festa, em que pese devamos saber que a fatura ainda vai chegar. O zagueiro e retranqueiro gaúcho sai com recordes negativos de zaga mais vazada da história, maior derrota da história, pior número de passes, enfim, entrou, junto com o Parreira, na lista de grandes “professores” como Papai Joel, René Simões, Macuglia e Márcio Araújo.
O futebol brasileiro é o grande derrotado. De 90 pra cá: Lazarone, Parreira, Zagallo, Felipão, Parreira, o Incrível Anão Dunga, e Felipaço do “Mineirazzo e Garrinchaço”. O que é isso gente? E o pior é que se parar pra pensar, quem vocês colocariam no lugar deles? A seleção foi reflexo do campeonato brasileiro. Pobre, vexatório, sem organização; comandado por técnicos milionários, burros, truculentos, e que nos mandam para o inferno.
Se até o Galvão – tá certo que só depois da porta arrombada – disse que a vaca do Brasil foi pro brejo, é porque o cadáver do futebol brasileiro está fendendo há tempos.
Semana que vem o Coxa, nossa seleção, volta à Campo. Que esta Copa tenha servido para Roth treinar e ajeitar o time. Que a segunda metade do ano seja melhor, bem melhor, do que nos foi a primeira. Nos vemos quarta no Couto!
Ah, já ía me esquecendo, Vanderlei, você viu algum jogo do Neuer? isso é ser goleiro!
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