Futebol: Razão x Emoção
Não, hoje não falarei do Ximenes, nem do Marcelo Oliveira, nem dos nossos jogadores. Não falarei de nossas preocupantes atuações, nem das sensíveis melhoras que temos que fazer para não fazermos feio nas competições nacionais, principalmente quando nos comparamos com elencos de times que realmente entram pra brigar pelo título nacional como Santos, Fluminense, São Paulo. Infelizmente, os times de sempre.
Mas hoje não falarei disso. Que seja uma semana de paz na Graciosa, para que seu fim nos reserve uma surpresa agradável.
E por falar em coisas agradáveis é sobre isso que vou falar. Futebol. E sobre o quão agradável pode e deve ser o futebol. E como sabe fazer isso bem o Barcelona e mais especificamente sua maior estrela: Messi.
O que este gênio do futebol fez ontem contra o nem de longe fraco time do Leverkusen foi simplesmente absurdo. Parecem tão simples os passes, as arrancadas, as finalizações “cavadinhas”, as conclusões certeiras e colocadas de fora da área, que até dão a impressão de que todos podem fazê-lo. Bem pelo contrário.
De fato, o time todo do Barcelona ajuda, tanto que quanto veste a camisa da seleção Messi nem sempre repete suas atuações, mas nem isto ofusca seu brilho.
E o que mais impressiona, é que, salvo engano, aos 24 anos, com fama, fortuna, glória, títulos continentais, nacionais, várias vezes intitulado o melhor do mundo, o argentino segue sério, fazendo gols. Driblando e encantando, sim, mas sempre objetivo, sem desmerecer seus adversários, sem gracejos desnecessários.
A polêmica cresce: Seria Messi melhor que Pelé? Melhor que Maradona? Não sei. Não tive a oportunidade de ver estes dois outros craques jogarem. Que certamente foram os melhores de seu tempo. Talvez seja até injusto querer estabelecer um craque absoluto, atravessador de eras. Injusto com os passados, pelo que já fizeram, mas principalmente com os presentes e futuros, pois, nada do que estes façam jamais superará os mitos.
O que sei é: Messi é o melhor jogador que eu já vi jogar. E se ele conservar seu ápice por mais alguns anos, certamente qualquer outro craque do futuro terá que responder a inevitável pergunta: será que ele é melhor que Pelé, Maradona e Messi?
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