Futebol: Razão x Emoção
Gostaria de poder fazer uma coluna mais alegre do que a última de 2013, mas não posso. O verão de 2014 insiste em se esconder atrás de antigas nuvens de fumaça e enxofre que há anos assolam o futebol e o Brasil como um todo.
No ano da Copa, quando os olhos do mundo voltam-se para nós, entre os pilares dos elefantes brancos e os entulhos dos coliseus inacabados, corpos de trabalhadores. A ONU tem de intervir no Reino dos Sarneys, a fim de parar com o genocídio e com o holocausto prisional que assola aquele feudo. Bashar AL-Assad é café pequeno perto dos ditadores brazucas que imperam carregando a democracia no bolso.
Ontem escutei na CBN que um advogado Vascaíno entrará na Justiça para tentar anular o prélio contra o Atlético, e ainda obter uma indenização. Notícia como essa me enoja, porque, de fato, todo cidadão tem direito de acessar o Judiciário, mas no presente caso, trata-se de mero oportunismo. Tentativa de enriquecer ilicitamente, conturbando ainda mais o cenário futebolístico nacional. O pior é que, se esse processo cai no colo de um Juiz descompromissado com a verdade, quiçá vascaíno, pode vir a ter sucesso.
A CBF cogita um campeonato com vinte e quatro clubes, a fim de acomodar os egos caídos mas ainda crentes de que a mesa será virada. O que seria de um certame com 24 clubes, num ano já encurtado pelo circo da FIFA?
Os jogadores, as peças mais bem pagas e mais mal tratadas deste tabuleiro de xadrez velho e carcomido, ameaçam não entrar em campo se o Cacique Ancião não aprender a ter bom senso.
E pra não dizer que não falei do Coxa, nossa lista de dispensa é maior que o rol de reforços. Ou seja, um ano novo a fim de corrigir os equívocos do passado. Pelo menos, ao contrário de 2013, nosso tombo será do tamanho de nossa expectativa. E se o sucesso vier, a felicidade será uma deliciosa surpresa.
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)