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Futebol: Razão x Emoção
O público inexplicavelmente tímido que compareceu ao alto da Glória nesta noite de quarta-feira se despediu de um grande goleiro: Edson Bastos. Antes do jogo, teve a homenagem merecida e se foi. Deus queira que a sorte e o sucesso lhe acompanhem em suas novas empreitadas.
Quem estava no alto da glória ontem estava nervoso, afinal era um jogo perigoso por conta deste sempre matreiro regulamento da Copa do Brasil. E, logo no início, por conta da catimba de seus jogadores, e principalmente da demora na reposição de bola de seu goleiro, ficou claro que a intenção do Vitória era amansar, irritar para somente depois ir para o abafa e pressionar o Coxa.
Mas nem de longe o Vitória foi, por isso, um time retranqueiro, pelo contrário, era totalmente avançado em seu lado esquerdo, com Tartá e Pedro Ken, que, por muitas vezes, no primeiro tempo superaram Airton, bem como do lado direito. Lado pelo qual Roberto não conseguiu ser ofensivo, pois ficou o jogo inteiro marcando o número 2 do Vitória e o atacante Marquinhos, em auxílio a Lucas Mendes.
E foi justamente pelo lado esquerdo que por volta dos 20 minutos, após desconcertar Airton, o meia do Vitória cruzou para Marquinhos se antecipar à zaga e abrir o marcador. Ducha de água fria nos planos alviverdes. Naquele momento foi impossível não lembrar do primeiro gol do Vasco na final do ano passado.
Porém, logo em seguida, a esperança renasceu. Aproveitando cruzamento após falta obtida perto do bico da grande área, Everton Costa subiu mais que todo mundo para fazer o gol e levantar de novo a galera no Alto da Gloria.
Se existe hora certa para Gol...
Mas o coxa não estava jogando bem, parecia que estávamos com um homem a menos. E de fato estávamos. Renan Oliveira, não tocou na bola. Opaco, desatento, sonolento, não só não criou, como também não marcou, obrigando Sérgio Menoel a jogar pelos dois.
Pra nossa sorte era a noite de Sérgio Manoel. De longe o melhor em campo. Perfeito na marcação. Levou também a bola da defesa ao ataque com maestria, como desde os tempos de Léo Gago e Donizete não se via. E, como não poderia ser diferente, de seus pés saiu passe preciso entre os zagueiros para Everton Ribeiro que avançou e foi derrubado na área. Pênalti que o próprio Everton bateu e converteu, deixando o Couto mais feliz e aliviado, ao encerrar do sofrido primeiro tempo.
Na segunda etapa, obviamente já com Lincoln no lugar do Renan, o Coritiba ciente da necessidade de ataque do Vitória, fez jogo mais tranqüilo, tático, esperando a hora certa de atacar. Com um homem a mais, após a saída de Renan, e com atuações estupendas de Sergio Manoel, Junior Urso (dando até pedaladas, e passes ao estilo Ronaldinho), Lucas Mendes, e até Airton, que melhorou muito na marcação no segundo tempo, não demorou muito para encaixarmos um contra ataque.
E que linda foi a jogada deste contra ataque. Everton Ribeiro recebe no meio, Lincoln se posiciona na esquerda aberta, recebe, avança e mete passe primoroso para Roberto, que, ao contrário do que ocorreu na Bahia, desta vez não desperdiçou. Talvez cansado de tanto marcar o lateral baiano, Roberto pensou que se marcasse o gol poderia definir a classificação, descansar de vez e quem sabe até ser substituído. De fato foi. Ovacionado, saiu, e deu lugar a A. Aquino.
Daí em diante, com 3x1 no placar o Coxa “cozinhou o galo”. A torcida do Vitória foi até embora, nem ficou para ver o quarto gol, de Everton Costa, pegando o rebote após chute forte e preciso de Airton.
Airton que pode ter nos pregado sustos na marcação, mas tanto no primeiro tempo, quando poderia ter feito o primeiro Gol não fosse um passe muito curto dado por Everton Ribeiro, quanto no segundo, ele apareceu bem no ataque. Melhor do que o descartarmos porque não marca tão bem, seria treinar sua marcação, porque aparenta ser um excelente apoiador.
Fim de jogo. Estamos na semifinal. Além da certeza da possibilidade de sermos campeões fica a esperança do Coxa conseguir levar o futebol mostrado ontem no segundo tempo para além do Couto Pereira.
Que venham os Bambis!
VOCÊ ME PEDE NA CARTA QUE EU DESAPAREÇA....
Diante de mais uma promessa descumprida e de mais um fiasco de seu time, qual será a próxima carta publicada por Mcp? Um pedido de desculpa aos poodles, e novas acusações, lamentações por que empataram o primeiro jogo pois jogaram na Vila?
Mais fácil os sites ruborizados, fazendo coro à imprensa paranaense, solicitar ao ditador rubro-negra, a dispensa do treinador.
Vejam vocês amigos, só o futebol pra colocar até a cabeça do próprio Carrasco em risco.
Azar o deles, tudo isso é só pra dizer que a noite ontem foi perfeita: goleada Coxa e Eliminação Rubro Negra.
PREOCUPAÇÃO
Quem estava do lado esquerdo da Mauá ontem viu um vendedor do Couto ter um mau súbito ou uma queda, não pude ter certeza do que ocorreu. Socorrido pelos próprios torcedores alviverdes, os para-médicos tardaram um pouco a chegar, mas depois o atenderam e o removeram do local de maca.
Que o cidadão já esteja bem.
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Ver todos os comentáriosO presente Blog é feito de textos, opiniões e debates frutos da luta constante entre a razão e a emoção. Razão que tenta explicar e compreender o futebol com argumentos ponderados, estatísticos, lógicos; enquanto a emoção simplesmente quer gritar, rir e pular nas vitórias, chorar nas derrotas, sem qualquer preocupação com o motivo, o contexto, ou a justiça do resultado. Que vê qualquer jogo que passa na T.V., que assiste todos os programas esportivos, que ama o futebol e ainda mais o Verdão, que suporta um turbilhão de emoções por conta do que alguns consideram apenas um simples jogo e ainda consegue justificar racionalmente este sofrimento: este Blog é pra Você!
Ao chegar em Curitiba em 1973, o migrante Otacílio Pereira Melo, oriundo de Guanambi-BA, poderia ter escolhido qualquer time para torcer. Mas o Campeão Paranaense e do torneio do Povo daquele ano, que tinha em seu elenco Aladim, Jairo, Zé Roberto, além de capitão Hidalgo, o escolheu primeiro. Nascia uma história de amor. E por conta desse amor, graças aos deuses do futebol o autor também não teve escolha. Sua primeira foto, logo na saída da maternidade, é com um “TIP TOP” do Verdão. O Título de campeão brasileiro veio quando ainda se quer podia andar, mas ao por pela primeira vez os pezinhos no Couto, entendeu o porquê de toda aquela paixão e respeito de seu pai pelo Coritiba. E assim Fernando Schumak Melo cresceu, comendo pipoca e descascando amendoim – velhos tempos - no Couto Pereira, aprendendo a entender e amar o Coritiba e o mais apaixonante esporte de todos: o futebol. Hoje, o advogado formado pela Direito de Curitiba, especialista em processo civil pela PUCPR, mestrando em Ci?ncia Pol?tica pela UFPR, sócio fundador do escritório Schumak & Luz, músico, guitarrista amante do rock’n’roll, marido da Camila, filho da Rosely, continua e continuará ao lado do Glorioso, seguindo sempre os ensinamentos do velho migrante: “Torça em primeiro lugar, depois reclame!”
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)
