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Futebol: Razão x Emoção
Ah meu Deus do céu, mais um jogo noturno...
Porque eles não podem marcar tudo no domingo às 16h? Ou melhor, no sábado, pra que a gente descanssase no domingo?
Se bem que com 83 anos, já me aposentei, assim não preciso sair correndo do trabalho para chegar às 19h30 no estádio, estafado e esfomeado, muito menos sair quase uma 1h da manhã quando o jogo é as 22h e ter que acordar cedo noutro dia...
Quem disse que é ruim ser velho?
Ô mulher!? Você não viu minha almofada do Coxa???
Eu preciso dela porque meus joelhos não agüentam a parte de baixo da mauá, então sento em cima, mas em cima ou embaixo a bunda dói do mesmo jeito, então... Cadê minha almofada bem!!??
Obrigado! Se eu já me agasalhei?
Pois não está vendo que eu já to com a blusa do Coxa!? Não está muito frio, mas sabe como é velho..., qualquer goteira que cai em mim é 3 meses de pneumonia....
Esta jaqueta, aliás, é muito boa, ganhei do meu neto e da esposa dele... Na verdade foi um presente de meu bisneto, mas quem comprou foram seus pais, aquela encenação que a gente adora, sabe?
Cadê a chave do carro? Ah, tá no bolso... Tchau véia! Eu amo essa véia, mas hoje ela me encheu demais o saco, ainda bem que tem este jogo, pra acalmar os ânimos...
Falando em tempo, tomara que não chova, porque se chover eu tô fuzilado. Não gosto de sentar na parte de baixo da Mauá, lá sou pé frio. Prefiro sentar em cima, se vê melhor o jogo.
Aliás, tinha até que falar com o Vilsinho, porque alguma coisa está errada neste plano de sócio: a Mauá é mais cara que arquibancada, porém embaixo é só goteira e em cima nem cobertura tem...
Sortudos mesmos são os das sociais... ô povo feliz...
Até tinha dinheiro pra pagar nas sociais, mas lá não tem o clima da Mauá. Aqui a gente agita, mas nem tanto, xinga, mas não muito, apóia mas não com aquele furor da arquibancada, enfim, é o meio termo do Couto.
Mas tá sempre cheia! E vem ser lateral aqui pra ver se você não joga... Ou joga ou sai do time... e sai com a orelha quente, que o diga o bandeirinha...
Agora é enfrentar este trânsito. Pqp, quando foi que viramos São Paulo??? O pior é que nossas ruas estão cheias como a dos paulistas, mas nossos motoristas ainda dirigem como antigos Curitibanos, aí já viu né, lentidão total.
Minha nossa senhora, cheguei muito cedo. Vou pegar um amendoim, e sentar aqui, ai ai, opa, opa, ...sentei.
Nem começou o jogo e eu já to cansado. Mas quem quer ter time pra torcer, é isso! Tem que estar no estádio. Torcer de pijama não valeI E eu vou dizer pra vocês, apesar de tudo o que eu já sofri com este time, faço questão de ir no estádio. O estádio é a graça do futebol!
A não ser pelos hinos...meu Deus, pra que tanta enrolação!? Pra mim hino tinha que ser só em Copa e olha lá!
Olha lá aquele fumante sendo obrigado a apagar o cigarro. Quem diria hein? He he, até radinho de pilha eu já “taquei” no bandeirinha, agora nem beber cerveja posso....
Enfim, o homem já vai tocar o apito pro começo do jogo:
SENTA!!!!!
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Ver todos os comentáriosO presente Blog é feito de textos, opiniões e debates frutos da luta constante entre a razão e a emoção. Razão que tenta explicar e compreender o futebol com argumentos ponderados, estatísticos, lógicos; enquanto a emoção simplesmente quer gritar, rir e pular nas vitórias, chorar nas derrotas, sem qualquer preocupação com o motivo, o contexto, ou a justiça do resultado. Que vê qualquer jogo que passa na T.V., que assiste todos os programas esportivos, que ama o futebol e ainda mais o Verdão, que suporta um turbilhão de emoções por conta do que alguns consideram apenas um simples jogo e ainda consegue justificar racionalmente este sofrimento: este Blog é pra Você!
Ao chegar em Curitiba em 1973, o migrante Otacílio Pereira Melo, oriundo de Guanambi-BA, poderia ter escolhido qualquer time para torcer. Mas o Campeão Paranaense e do torneio do Povo daquele ano, que tinha em seu elenco Aladim, Jairo, Zé Roberto, além de capitão Hidalgo, o escolheu primeiro. Nascia uma história de amor. E por conta desse amor, graças aos deuses do futebol o autor também não teve escolha. Sua primeira foto, logo na saída da maternidade, é com um “TIP TOP” do Verdão. O Título de campeão brasileiro veio quando ainda se quer podia andar, mas ao por pela primeira vez os pezinhos no Couto, entendeu o porquê de toda aquela paixão e respeito de seu pai pelo Coritiba. E assim Fernando Schumak Melo cresceu, comendo pipoca e descascando amendoim – velhos tempos - no Couto Pereira, aprendendo a entender e amar o Coritiba e o mais apaixonante esporte de todos: o futebol. Hoje, o advogado formado pela Direito de Curitiba, especialista em processo civil pela PUCPR, mestrando em Ci?ncia Pol?tica pela UFPR, sócio fundador do escritório Schumak & Luz, músico, guitarrista amante do rock’n’roll, marido da Camila, filho da Rosely, continua e continuará ao lado do Glorioso, seguindo sempre os ensinamentos do velho migrante: “Torça em primeiro lugar, depois reclame!”
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)
