Futebol: Razão x Emoção
Perdíamos o jogo. Dez minutos do segundo tempo. Noite quente em Londrina. Estádio vazio, jogo ruim, atletas nervosos, jogando mal, placar adverso, enfim, o cenário parecia perfeito para o fim da invencibilidade de quase dois anos do Glorioso. Parecia.
No intervalo, o inoperante Davi é sacado pelo treinador para a entrada de Renan Oliveira, na esperança de que o lépido recém em campo dê criatividade à meia cancha, inexistente no primeiro tempo.
Sem resultado. As trincheiras centrais seguem sob a bandeira azul e branco.
O comandante alviverde, ciente da proximidade do fim da batalha e da importância do resultado, retira uma peça lateral da retaguarda, avança e ladeia um dos volantes, nosso melhor atleta em campo, coloca outro, ex-meia, mais criativo e experiente. E, como último trunfo de ataque, coloca mais um homem na linha de frente, no lugar de outro, exausto, e já veterano soldado. Já se íam 73 minutos de peleja.
A nova tática, 3-5-2, dá resultado, e a meia-cancha adversária é dominada. Com mais homens, encurralamos o inimigo até seu terreno e num fogo cruzado em sua retaguarda, a bola sobrou para o reservista Everton Ribeiro, que disparou o tiro de misericórdia, empatando a partida.
A batalha não foi vencida. Mas a derrota foi evitada bem como a liderança e a invencibilidade foram mantidas. Um jogo de futebol se ganha, empata ou se perde por vários motivos. Superioridade técnica, numérica, raça, torcida, sorte... Ontem, empatamos por conta da competência e coerência no momento das mudanças táticas e das substituições que foram feitas corretamente pelo nosso treinador.
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