Futebol: Razão x Emoção
Estaria mentindo aos senhores, caros leitores, se dissesse que fiquei plenamente contente com o projeto de conclusão da reta da Mauá. Mas, respondendo à pergunta que intitula a coluna, não chega a ser um presente de grego.
Isto, pois, toda e qualquer valorização do nosso patrimônio é bem vinda, principalmente pelo orgulho de ser viabilizada sem a necessidade de prostituição das instituições e do dinheiro público.
Mas o fato é que eu esperava que o presente fosse a construção do novo estádio em que pese saber que isto fosse mais um sonho do que uma possibilidade real, diante de nossas severas limitações financeiras.
Minha decepção é aumentada, entretanto, quando analiso o projeto apresentado, e explico o porquê.
O problema que aflige os “habitantes” da Mauá, não é a ausência de pontos comerciais, de uma bela fachada externa, muito menos de cabines e camarotes. Mas sim a falta de cobertura, as terríveis, apertadas e baixas cadeiras, as goteiras, e principalmente a dificuldade na hora de sair do estádio.
No projeto apresentado vejo apenas a ampliação do setor, mas não vejo a construção de pelo menos mais uma saída, no meio, para facilitar o entra e sai de torcedores, e isto me preocupa.
Ainda, quem freqüenta a Mauá sabe que as primeiras fileiras de cadeiras, tanto no segundo como no primeiro anel nunca são ocupadas porque de lá é terrível de ver o jogo. Haverá uma reforma neste sentido, um levantamento do nível dos degraus para dar mais conforto e mais visibilidade aos torcedores que ali sentarem? Posso estar errado, mas também não vejo isso no projeto.
Mais, o setor da Mauá hoje engloba a reta e parte da curva. Nada existe com relação à curva, que, no segundo e no terceiro anéis são apresentadas no projeto até sem as cadeiras que hoje existem. Em outras palavras, o amontoamento de pessoas na reta melhorada poderá ser ainda maior do que a “briga” que já existe hoje pelos melhores lugares, pois, em todo jogo, pessoas preferem ficar em pé, na reta, debruçadas nos parapeitos do que sentar na parte curvada da Mauá.
E para finalizar, vendo o projeto com atenção, a impressão que dá é de que haverão pontos cegos, no terceiro anel, bem ao lado do fim da construção a ser feita. Não sou arquiteto nem engenheiro, mas é esta a impressão que tenho quando analiso a construção a ser feita, conforme foto acima.
E para finalizar mesmo, com base nos 40 anos de espera por este “tão sonhado” terceiro anel questiono:
Será que esta obra sai do papel?
E se sair, será que haverá aumento substancial na mensalidade dos sócios do setor?
Haverá nova diferenciação dos sócios que freqüentarão a reta valorizada e o quarto de círculo da Mauá não contemplado pelo projeto?
SOBRE O TIME
Marquinhos Santos aos poucos vai dando sua cara ao time. A melhora é visível, em que pese ainda termos severos problemas, principalmente na defesa que sofre demais quando a bola é alçada na área. Prova disso é o gol besta que levamos do Bahia neste domingo.
A entrada eficiente dos novatos Vitor Ferraz, Denis Neves, e Thiago Primão nos dá uma referência promissora e prova a principal diferença entre Marquinhos Santos e o ex-técnico coxa: a vontade de jogar pelas laterais.
A presença do voluntarioso Gil como volante titular também é medida acertada, e muito melhor do que apenas guardá-lo na manga para utilizá-lo como coringa em diferentes posições e em momentos de necessidade.
Deivid, contratação acertada, cumprindo seu papel de matador, e Rafinha voltando a infernizar a vida dos laterais adversários com suas estocadas pelas pontas nos dão ainda mais poder ofensivo e esperanças renovadas de fugir de vez do fantasma do rebaixamento e quem sabe até beliscar uma sul-americana.
Por hora, é isso. Nos vemos no Couto, quarta, contra o Timbú, para mais uma importante vitória!
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