Futebol: Razão x Emoção
Em qualquer seara da vida, a situação difícil só pode ser superada quando entendida. Só é possível curar-se da enfermidade após o diagnóstico. Somente consegue sair do desconforto, aquele que aceita e compreende sua realidade. Só se liberta do vício o adicto, quando admite a dependência.
Após rodadas lutando para não ver, ou não querer ver qual a sua real condição e possibilidade, sonhando com o título impossível e com a libertadores improvável, agora o Coxa reconhece sua limitação, e luta como deveria ter feito desde o início.
Se nos iludimos achando que a técnica e o refinamento nos levariam ao bicampeonato, agora sabemos que só a garra, o bico e o chutão nos salvarão de mais uma vergonha nacional. Isso é ruim? Claro que é ruim, mas é melhor perceber isso agora do que depois de dentro da zona da degola.
No papel, não temos um time para ser rebaixado. Mas o futebol que o Coxa vem apresentando o credencia com louvor ao descenso. Se seremos de fato rebaixados ou não, depende única e exclusivamente dos jogadores e da comissão técnica. Não depende da diretoria, que já cometeu todos os equívocos possíveis e agora nada mais pode fazer além de torcer. E não depende também da torcida, que, em que pese nunca abandonar, não entra em campo, não cruza, não cabeceia, tampouco recebe salários para isso.
Aliás, bem pelo contrário, a torcida é a única que paga nesse processo todo. Paga para sofrer.
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)