Futebol: Razão x Emoção
Assim como no atletiba do segundo turno, o atlético entrou mais aceso que o Coritiba. Exigindo logo nos primeiros minutos uma linda intervenção de Vanderlei no canto direito baixo de sua meta.
O Coxa, em um ritmo mais cadenciado, tocava a bola e tentava envolver o adversário. Numa dessas tentativas, Gil deu lindo lançamento a Robinho, que de prima cruzou na cabeça de Deivid que, matador que é, cabeceou pro chão no contra pé do goleiro, abrindo o marcador.
O Coritiba estava com tudo nas mãos, pois a vantagem de 1x0 permitiria-lhe manter seu jogo de toque de bola. Porém, nem deu tempo pra comemorar. Num cruzamento da esquerda, Vanderlei hesitou, e Patric fez uma tremenda lambança. Enfiando a bola de carrinho para seu próprio gol.
Vanderlei que, em que pese ter melhorado neste fundamento, segue com problemas nas saídas de bola. Em pelo menos uns outros três lances dava para ele ter agarrado a pelota, mas hesitou, obrigando seus defensores a se desdobrarem para livrar a área Coxa do perigo.
O gol de empate animou a piazada da baixada que passou a ter as melhores chances e, me arrisco a dizer, dominar a meia cancha.
O Coxa não produzia muito, com Rafinha um tanto quanto sumido, acumulava suas jogadas pelo lado direito.
E mesmo sem pressionar, a melhor chance de gol foi de Alex que recebeu excelente lançamento em condição legal, mas, lento, não conseguiu driblar o goleiro Santos que fez a defesa.
Com destaque positivo para Sérgio Manoel e Robinho, que mais tocaram na bola pelo lado Coxa, e negativo para Vanderlei, hesitante, e Patric que além de não apoiar fez o gol contra, encerrou-se o primeiro tempo.
Iniciou o segundo tempo e o Coritiba seguiu nervoso, impaciente. As feições dos jogadores e do treinador demonstravam irritação e desconforto. Escudero, que havia entrado no lugar de Patric, mesmo sendo experiente, rodado, em menos de 2 minutos já havia tomado cartão amarelo.
O atlético a seu turno seguia mais motivado, mais empolgado e muito mais disciplinado e aplicado taticamente. Buscando sempre o ataque e fustigando a defesa Coxa que não raras vezes demonstrou insegurança.
Aos 12 minutos um fato curioso, caiu o sinal da emissora e sem saber que já estava no ar, pudemos ouvir o narrador conversando com a produção: “ahã, tá bom, ahã, tá bom”, disse ele. Acontece.
Aos 33 minutos, para premiar a substituição defensiva de Marquinhos, bem como a saída de Alex para a entrada do inconstante Lincoln, entre L. Almeida, Chico e Escudero, após batida de escanteio pela direita, Ernani sobe, cabeceia fraco, mas o suficiente para vencer Vanderlei. Dois a um, poodles.
Se eu já havia ficado nervoso com a saída de Alex, quando Geraldo entrou no lugar de Sérgio Manoel o prédio todo pôde ouvir minha irritação...Mas não é que o angolano calou-me a boca?
Geraldo, o maior goleador angolano da história dos atletibas, após falha da zaga atleticana emendou uma pancada para deixar tudo igual. E assim foi até o final.
Com exceção de um bate boca entre Vanderlei e Leandro Almeida, outra prova do nervosismo exacerbado Coxa, depois do quarto e último gol do jogo nada mais aconteceu.
Apesar do resultado ser bom para o Coxa que joga por dois resultado iguais, não podemos deixar de reconhecer que jogamos mal. Empatar com um gol salvador de Geraldo no apagar das luzes é muito pouco para um time do coturno técnico do Coritiba.
Mas, fazendo uma equação simples: se mesmo o atlético jogando tudo o que pode e o coxa não jogando nada, deu empate, se o Coxa jogar pro gasto no próximo domingo, vence e ergue a taça.
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