Futebol: Razão x Emoção
Neste sábado, domingo e segunda tive a oportunidade de participar do Simpósio de Futebol em Curitiba, organizado pelo Prof. Eros Mathoso, e realizado na PUC/PR.
Foi realmente um belíssimo evento, assim como o Footecon, e é impressionante como 3 dias de intensos debates e palestras se transformam em minutos de bate-papo, com gostinho de quero mais, quando o assunto é futebol.
O Simpósio foi aberto pelo nosso presidente Vilson Ribeiro de Andrade, e pelas mesas redondas passaram figuras como André Mazzuco, Felipe Ximenes, Ricardinho, Caio Jr., Levir Culpi, Valmir e Fernando Gomes, Marcelo Fachinello, advogados do Paraná e do Atlético, Ricardo Drubski, Evandro Mota, Carlinhos Neves, preparador físico da Seleção brasileira, Fernando Ferreira, da Pluri Consultoria, além do craque Alex, (foto), entre tantos outros que estão na vanguarda do estudo, da prática e da dirigência do futebol nacional.
Além dos contatos, das conversas e do aprendizado obtido, o que mais me deixou feliz em participar do evento, foi comprovar que o Coxa está também na vanguarda do futebol nacional. Que as práticas organizacionais empresariais adotadas pelo Coritiba, estão de acordo com o que de mais profissional e competitivo existe atualmente no mercado do futebol.
Com algumas diferenças, referentes a tamanho de torcida, e engajamento bairrista, estamos sim rumando a um engrandecimento e a uma solidificação clubística, assim como vêm fazendo outros grandes clubes brasileiros responsáveis, principalmente o Internacional.
Felicidade que aumenta ao saber que estamos fazendo algo de diferente do que fazem Flamengo, Botafogo, Fluminense, Bahia, Goiás, e praticamente todos os outros Clubes que continuam desorganizados, desestruturados, inadimplentes, dependentes da “turma do amendoim”, e à mercê de conselheiros nada profissionais que nada mais são do que CORNETAS que nada ou pouco entendem de futebol, muito menos do alto grau de profissionalismo que o futebol atual exige.
E este profissionalismo é o porquê de estarmos mais uma vez na semifinal da Copa do Brasil. De termos mais uma vez uma decisão em nosso quintal. De termos conquistado o tricampeonato paranaense. De estarmos honrando o pagamento de todos os nossos débitos, ao contrário dos caloteiros e picaretas paulistas e cariocas, e mesmo assim estarmos disputando competições de primeira grandeza do cenário nacional e sulamericano.
Falta ainda, contudo, a conquista de um grande título. Não que isto seja necessário para a comprovação de um bom trabalho. Muito menos que a perda de um, signifique a necessidade de mudar o que vem sendo feito, longe disso. É que a torcida precisa deste título para comprovar de uma vez por todas que este trabalho acima relatado, é de fato o trabalho correto a se fazer.
Os não sócios, os inadimplentes, os que só pensam em resultados, e aqueles que há anos não compram ingressos, precisam deste título para comprar esta idéia definitivamente e voltar a acreditar neste trabalho e de novo no Coritiba.
E a conquista deste título passa pelo dever de atropelarmos o São Paulo na quarta-feira no Couto. Mas nesta hora, na hora do jogo, tudo o que se fez extra-campo, referente a administração, organização, contratação, quitação de débitos, pouco ou nada importa: porque administrar futebol é a arte de organizar, estruturar, contratar, e deixar tudo pronto à disposição do imponderável.
É trabalhar incessantemente e depois torcer para que fatores incertos, os chamados deuses do futebol, conspirem a nosso favor: como erros da arbitragem, noite inspirada de atletas, técnicos, infelizes dos adversários e etc.
E para que o universo esteja a nosso favor, é preciso que nossa torcida seja mais forte do que a deles, mais forte que todo e qualquer dito craque do time deles.
Qualquer público inferior a 30 mil pessoas na quarta feira, chovendo, ou nevando, será um fracasso e uma vergonha à nação Coxa branca, e um desrespeito a todos os profissionais e torcedores que saíram de cabeça erguida do Morumbi, orgulhando o Estado do Paraná, calando e deixando os paulistas se “tremeindo” de medo quinta passada.
Foi o trabalho de todos no clube que levou os jogadores para esta partida decisiva, mas é o Couto cheio e o nosso grito que nos levará à vitória e à final!
Até quarta!
SAV!!
Ao bambi, com carinho: Na última quinta feira, um infeliz do meu condomínio soltou um foguete quando do gol do São Paulo. Não sei se você é de lá e veio morar pra cá, ou se é daqui e resolveu torcer pros Bambis, o que piora e muito a sua situação. Seja como for, a revanche alviverde está chegando.
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