Futebol: Razão x Emoção
Lincoln no lugar de Robinho, Geraldo no lugar de Gil, e Jr. Urso no lugar de Chico. Além de fazer as três alterações, Marquinhos Santos pôs em campo contra o Rio Branco, no mínimo, três Coritibas.
O primeiro Coritiba jogava num 3-5-2 equilibrado. Um linha de 3 zagueiros bem definida, com Gil muito bem pela direita, que vem reiteradamente confirmando seu lugar na equipe titular e Patric ainda melhor pela esquerda, que além de fazer um Gol, sofreu o pênalti para o último gol do jogo.
Rafinha, flutuando e abrindo espaços, teve destacada atuação tanto pela abertura do marcador no Gigante do Itiberê, quanto por sua movimentação fundamental nos gols de Robinho e de Julio César.
O segundo Coritiba, colocado em campo num 3-5-2 mais arriscado, digamos assim, não se houve bem. Muito por conta da ineficácia ofensiva e total deficiência defensiva do angolano Geraldo, que, por não ter mais nenhum espaço no ataque, eis que contamos com Rafinha, J. César, Arthur, Deivid, além de Keirrisson, tenta sua última cartada como ala esquerdo.
Neste segundo Coritiba, Alex foi recuado à posição de Robinho, jogando como segundo volante ao lado de William, deixando Lincoln como armador principal, que pouco produziu nesta função, o que acarretou no declínio de toda a equipe.
O último Coritiba, já com Urso em campo, como zagueiro, repatriou Patric à lateral direita e deslocou Leandro Almeida para a ala esquerda. Desta maneira, o angolano Geraldo foi alçado mais à frente, formando uma linha de três com Lincoln no meio e Rafinha do outro lado. A mudança tática para o 4-2-3-1 deu certo, e o Coxa melhorou fazendo mais dois gols.
Os únicos atletas que não sofreram alterações em suas posições táticas foram Vanderlei, por óbvio, William, o incontestável cão de guarda da defesa Coxa, e Julio César, em tarde inspiradíssima, a referência que cumprimentou quatro vezes o goleiro Felipe.
Se por um lado podemos pensar positivo e interpretar que o Coxa é um time com várias opções táticas, havemos de ficar felizes. Se, por outro lado, considerarmos o copo meio vazio, e interpretarmos tantas variações como fruto da falta de um 11 titular e da ausência de um padrão tático definitivo, havemos ainda de ficar apreensivos. Pondo o placar do jogo na balança, a primeira opção me parece a mais correta.
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