Futebol: Razão x Emoção
O que separa o ano novo do velho? Um ano, ou um dia? Um dia, ou um segundo? Pouco importa, o que celebramos é a mudança, a renovação da esperança, a vida que segue e o sonho de bonança.
O vento soprou forte pelos gramados do mundo em 2015, ou melhor, pelos gabinetes, varrendo sujeira e papeis pra debaixo dos carpes e outros tantos velhacos pro xadrez. Na América Latina, não sobrou quase nenhum para sortear os grupos da libertadores. Estaria Simon Bolívar orgulhoso ou envergonhado de seus sucessores?
O Brasil que há muito perde craques para Europa, perdeu respeito, qualidade, e agora até a China nos domina financeiro-futebolísticamente. Ninguém resiste ao gosto doce do dólar, nem ao cheiro do euro, Mano, Luxa e Felipão que o digam. No futebol de hoje - sem nenhum saudosismo, apenas constatando - não há coração, nem alma, nem estômago; o único órgão que pulsa é o bolso. Quem aqui não comeria cachorro e besouro por dois milhões de reais por mês?
Em contra partida, o que até ontem parecia improvável hoje é realidade, e os técnicos estrangeiros estão vindo aos montes para o Brasil, preenchendo a lacuna deixada pelos “professores” que não sabem ensinar. Seria o fim da era do coração no bico da chuteira?
Del Nero, como se seu rabo não estivesse entre as pernas, segue desmandando e nomeando sucessores como o jovem Coronel Nunes. Não existiria nome melhor para retratar o que é a CBF, uma velha gorda, flácida e falida. No entanto, os Clubes, verdadeiros astros do futebol, não conseguem enfrentar a maldita velha; não sei se por medo, respeito, ou porque sua teta murcha ainda dá leite. Mas, a Liga Sul Minas-Rio é um sopro de esperança que, se for levada a sério pode nos livrar deste carma e desse cancro do nosso Futebol. A CBF é o câncer e as federações estaduais os tumores espalhados pelo tecido do futebol brasileiro.
No Coxa, Bacellar tremeu, balançou, mas não caiu. Com ajuda dos conselheiros, tão carcomidos quando o seu estatuto, pôs tudo sob panos quentes, a peneira contra o Sol e seguiu em frente por mais um ano. Como torcedor, espero que meu time vença, sempre; o que não me deixa nenhum pouco mais feliz com meu clube, que precisa e muito ser soprado pelo vento da mudança.
Pacheco tirou a carroça do atoleiro e entregou a Kleina, o novo comandante. Confesso a vocês que o acho meio água de vina, tanto como nosso elenco, o que me deixa muito apreensivo e pouco confiante para essa temporada. Apreensivo e confiante sim, desesperançoso jamais! Ceará e os outros que vieram podem ser de grande valia, assim como os eternos meninos da base Dudú e Zé Rafael. A Copa São Paulo tem trazido-nos gratas surpresas que, guindadas ao elenco principal podem dar resultados.
Eu já fiz minha parte e quero ver a estátua do Krüger construída! Não se trata de uma homenagem apenas ao flecha loira, mas a todos os guerreiros apaixonados servidores e torcedores do Coritiba! Uma homenagem a nós mesmos e à nossa história!
Não sela lóque, vá lá e doe! http://comecaki.com.br/estatuakruger
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)