Futebol: Razão x Emoção
Não merecíamos sequer o empate tamanha a covardia e a incoerência demonstrada pelo nosso treinador na armação da equipe antes e durante os 90 minutos deste recém acabado Atletiba.
Tanto é verdade que começamos a partida com 3 volantes, se não contarmos Gil, que jogou na lateral, e terminamos sem nenhum, com Everton Ribeiro jogando de segundo volante ao lado de Tcheco.
A tática retranqueira, no intuito de povoar a meia cancha teoricamente frágil do Atlético, que joga no 4-3-3, logo se demonstrou equivocada, permitindo ao “atrétis” dominar a meia cancha e, com seu esquema extremamente ofensivo, propiciar aos torcedores que foram à Vila Capanema praticamente todas as chances de gol do primeiro tempo.
Para Marcelo Oliveira, que claramente foi à sua antiga casa paranista em busca do empate, o Gol de Everton Ribeiro, um acaso do destino, foi mais do que ele desejava. Por alguns instantes pensou ter sido premiado por sua tática extremamente cautelosa.
Enganou-se.
Logo em seguida, também por acaso, a bola sobrou para Bruno Mineiro, que fez o Gol e empatou o jogo. Daí por diante, fomos engolidos pelo clube da segunda divisão, que no início do segundo tempo, após falha feia de Vanderlei, virou o jogo com Liguera. Por mais que me doa dizer isto, àquela altura os poodles mereciam a vitória, ante a covardia com a qual jogava o Coritiba.
Como o regulamento das finais do nosso estadual é simplesmente ridículo - tanto faz perder de 2 ou de 10, a covardia de Marcelo Oliveira, logo deu lugar a incoerência. Tomado de um espírito corajoso e aventureiro - o qual poderia e deveria ter tido desde o início - tirou os volantes Djair, Urso e o meia Lincoln, inútil até então, pra colocar Marcel, R. Oliveira e Anderson Aquino.
Ficamos sem esquema tático, mas deu resultado. Após receber passe de Emerson, que se aventurava ao ataque (até porque estava valendo tudo àquela altura do jogo) Anderson Aquino pôs a bola no canto esquerdo de Vinícius e empatou o jogo.
Empatamos um jogo horrível. E que não perdemos de mais porque eram os poodles, frágeis e dóceis, nos atacando. Fosse o São Paulo, o Santos, o Fluminense, o Inter, qualquer time decente enfim, provavelmente voltaríamos com uma sacola de gols na bagagem. E este risco não podemos correr no Brasileirão, sob pena de sermos novamente um time caseiro. Um saco de pancadas fora do Couto Pereira.
Esta postura medíocre não pode se repetir na Copa do Brasil, onde levar os gols que levamos hoje significa desclassificação.
O empate no fim das contas, pelas circunstancias do jogo, não foi um mal resultado. Foi até bom para a conquista do título paranaense que será decidido agora em nossa casa. Mas pode ter sido ruim para o futuro do Coxa em outras competições, por fazer brotar no treinador motivação ainda maior para montar um time, um dia, só com volantes e meias:
Vanderlei, Gil, Chico, Urso e Sergio Manoel. Tcheco, Djair, França e William. Lima(?) e Renan Oliveira. O time dos sonhos de Marcelo.
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