Futebol: Razão x Emoção
Fazer, todos os dias, as mesmas coisas e esperar resultados diferentes é a maior prova de insanidade. Quem disse isso foi o sábio Einstein, e pode ser aplicado no nosso caso. Quando caiu Morínigo, caímos com ele. Fizemos exatamente a mesma coisa que fizemos em todos os anos de rebaixamento Logo, não existe motivo para ter esperanças de que escaparemos este ano. Mais provável ainda, é que, antes do triste fim, e diante do fracasso de Guto Ferreira, contratemos alguém com salário e perfil de série B. Para planejar o acesso.
Aguardei uma semana e um jogo para poder escrever o que ora escrevo, mas, nem precisaria, tinha certeza de que era isso mesmo que aconteceria. Foi triste acompanhar a mídia “se calar” ao time apresentar os mesmos problemas dos tempos de Morínigo. Foi vergonhoso e vexatório ver a mídia monopolista da informação elogiar e enaltecer Guto, para depois reclamar do novo treinador. Menos vexatório, entretanto, que o fato de nossa diretoria se curvar a esses jornalistas e à turma do amendoim.
Os gênios do futebol falaram tanto da teimosia do Morínigo em pôr dois laterais, pois bem, o que o novo treinador fez no seu primeiro jogo? A mesma coisa. Os experts que acompanham todos os treinos falaram e pediram tanto: “tira Mateus Alexandre! Esse cara não presta!” O que Guto fez? Manteve Mateus Alexandre. Para a loucura dos oráculos!
Alguns vão me chamar de viúvo do Morínigo e a verdade é que não estou nem aí para a opinião desses emocionados. Não escrevo para o torcedor médio. Meus textos são para quem pensa a longo prazo e quer ver o Coxa longe dessa mediocridade incompetente. Infelizmente nossa diretoria provou ser mais do mesmo. Nossa diretoria provou ser amadora. Amadorismo que deu sinais de vida inclusive já no empate contra o Galo, salvo engano. Semestre passado, lembram? Quando o presidente Juarez deu uma entrevista eufórica, típica de torcedor embriagado de arquibancada...
Primeiro deixou Morínigo contratar à rodo, sem ter a convicção que o deixaria até o fim do ano, e, pior, há duas semanas, mentiu ao garantir a permanência do Paraguaio. Agindo como agem os cartolas mais toscos e retrógrados do Brasil.
Merecemos cair. Se vamos, não sei. Tomara que não. Mas o roteiro já escrito, e o cenário preparado. Falta rodar o filme. O mesmo filme triste que há anos vemos. Mudam os protagonistas, mas a tragédia é a mesma. A plateia de palhaços é a mesma. Palhaços masoquistas.
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