Futebol: Razão x Emoção
Início de ano é sempre assim. Ressaca das festas, boletos, planos, material escolar... E, no mundo da bola, reforços a chegar e refugos a sair.
Sem sombra de dúvidas, o grande reforço do time em 2022 é a manutenção do técnico e de boa parte do time que obteve o acesso. É preciso que entendamos de uma vez por todas: o maior reforço, para qualquer clube, é a continuidade e a estabilidade do projeto.
Inobstante, peças pontuais vão sendo apresentadas, dentre as quais destaco, no campo administrativo, René Simões, sobre quem já falei em coluna anterior. E, para dentro das quatro linhas, nomes interessantes, como o lateral Egídio; os meias atacantes Régis e Pablo Garcia ( que chegam para dar uma reduzida na média de idade de nossa meia cancha), e o atacante Alef Manga. Manga que já havia sido namorado pelo Coritiba no final de 2020, chega agora com a missão de ser sombra para o titular Léo Gamalho. ( Será que podem jogar juntos?)
Régis fez excelente série B pelo Guarani, mas, é preciso agora comprovar a boa fase e provar seu talento em um clube grande, de massa e com cobrança e sarrafo altos como é o Coritiba. Pablo Garcia, desconhecido da grande maioria de nós brasileiros, inclusive eu, é Uruguaio e tem passagens pela seleção Sub-20 de seu país. Ficou um tempo na categoria de base do River Plate da Argentina, mas lá não teve oportunidades. O maior ponto forte do Uruguaio é a juventude. Precisa mostrar trabalho para se firmar como profissional e obter contratos maiores e melhores. Estar numa Série A de um campeonato Brasileiro é excelente vitrine, e o atleta e seu empresário certamente sabem disso.
Egídio, entretanto, é o nome que quero destacar. Não tem o perfil que eu julgo ideal, pois é já maduro, e com a vida ganha. Porém, tendo em conta a idade média dos nossos laterais, e o fato de não ser um medalhão daqueles, como Marcelinho Paraíba, Thiago Neves entre outras fraudes, eu acabo por aprovar o seu nome. Outro fator depõe a favor do lateral, seus seis títulos nacionais - três copas do Brasil e três brasileiros. O “cara” é inegavelmente um campeão, e, se for utilizado dentro de um projeto que una base e um esquema tático que lhe favoreça, pode dar muito certo no Coritiba.
Sobre a Copinha, e por conseguinte, sobre a base, quero dizer que é preciso dar uma segurada nesse “fetiche da base” que a torcida do Coxa tem. Primeiro porque a base serve para revelar jogadores para o time principal e vender outros, jamais para ganhar títulos, e, portanto, cobrar isso dos guris é irracional e prejudicial. Segundo porque nem todos os jogadores - lembremos de Julio Rusch, Vitor Carvalho para citar apenas dois - vingam. Ainda mais nessa frigideira sem tampa chamada Couto Pereira.
É muito cedo para ter a leitura do time, ou do técnico da piazada. De todo o modo destaco a atuação do goleiro Sidnei, que fez uma série de defesaças e segurou o zero a zero no primeiro tempo, e o atacante Iruan, que, além de nome, tem drible e “pinta” de bom jogador. É meus amigos, o ano promete!
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