Futebol: Razão x Emoção
No dia 01.10.2015 escrevi coluna intitulada “O período entre guerras” (http://coxanautas.com.br/adm/?modulo=post&id=6033), dando ênfase à troca de nomes no G-0 Coxa, mas também alertando sobre o caráter político e típico do nova guerra em tirar o foco da catástrofe futebolística, trazendo à tona, pela septugentézina esquizofrenézima vez o tema do novo estádio. Pois bem, no dia seguinte, minha secretária anuncia um telefonema com a seguinte frase após eu perguntar quem era: “é da direção do Coritiba.” Eu que não sou conselheiro, nem sócio remido, nem pai, nem filho, nem cunhado de diretor e/ou conselheiro do Clube, estranhei, mas, feliz, e, lisonjeado, atendi.
Do outro lado da linha quem falava era o Guerra, que entre um convite pra eu ir ao Couto conhecer seu trabalho, tomar um café com ele, e aquele blá, blá, blá de político, trouxe à baila o tema de minha coluna e, para minha tristeza, admitiu que a matéria da Gazeta - sobre o novo estádio e sobre o que os ex-atletas achavam de um novo estádio - (aliás, “mérito” também da Gazeta também pelo excelente “furo”) – era mesmo uma cortina de fumaça para que os jogadores pudessem se lembrar de que estavam num time grande.
Eu fiquei pasmo, e quase perguntei: Dr., mas não seria melhor, quem sabe, pagar os salários? Não foi necessário. Ao descrever minuciosamente o caráter inventivo e enganador da “matéria” tentava me convencer da necessidade daquela medida, dando a entender que acreditava mesmo que aquele engodo era necessário... Nessa hora lembrei-me das palavras do sábio Dr. M. L. King “não existe nada pior que a ignorância sincera”. Por isso, nada que venha dessa diretoria me surpreende mais. Em tempos em que se discute o uso ou não da tecnologia no futebol, e que a partida não precisa mais ser iniciada com a bola para frente, são estas teses ultrapassadas que governam o Coritiba.
Permanência de Juninho: Certamente acertaram a venda dele na janela europeia e anunciaram como “Juninho fica” sendo que na verdade “Juninho vai, depois.” Típico.
Dodô: Seria um novo Abner? Não sei. Sei que da derrota para o Juventude a atuação do piá se salvou. Espero que não seja fogo de palha.
Kleina: apesar de dependermos da alegria das pernas do Negueba, da indolência de Alan Santos, e tantos outros craques para não sermos humilhados mais uma vez nesse ano, o Sevilla e o Leicester não me permitem admitir que nosso Coritiba fique abaixo do sétimo lugar este ano. O problema é de conjunto, forma de jogo, e, portanto, de comando técnico.
Como estão dizendo aqueles que até ele ir embora, em 2012, metiam o pau no Marcelo Oliveira: “Tragam Marcelo Oliveira!” Vindo ele e mais dois reforços pontuais, e indo embora outros dois ou três reforços pontuais, certamente teremos chances de conseguir algo nas competições que nos restam.
Adidas. E vocês que nem tentem se vangloriar por terem trazido a Adidas de volta. A patrocinadora vem a clubes de história, clubes de torcidas fortes e que, como a nossa, consomem seus materiais. Aliás, no nosso caso, digo que a Adidas vem apesar da ingerência de vocês, pois, a nossa paixão de torcedor não carece de plano de ação de três anos, nem aumenta, nem diminui por conta de uma eleição.
Layout da camisa. Ficou legal, eu gostei. E vocês que queriam ver a jogadeira, ou a primeira mais tradicional, não se preocupem. Tem muito tempo para eles lançarem diversas camisas, em diversas datas especiais e estuprarem sem dó o nosso bolso.
PS. Vocês!! Sim, vocês mesmos! Que puseram esses incompetentes na diretoria, enganando a torcida e sendo enganados pelas suas promessas, mancharam suas histórias no clube.
Relembre o “furo”, ou melhor, a “furada” da Gazeta:
http://www.gazetadopovo.com.br/esportes/futebol/coritiba/agora-no-g5-do-coxa-alceni-guerra-quer-novo-estadio-e-diz-que-clube-precisa-imitar-o-atletico-2t5vnshszdikrnzkqdoj3c91y
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