Futebol: Razão x Emoção
Olá meus amigos! Que saudades de vocês!
Esta nota de 2 reais que encabeça a coluna, estava jogada no fosso do Couto no sábado do atletiba. Quando me aproximei para reclamar da arbitragem irritantemente pausada e espalhafatosa, pude vê-la, e não foi difícil vinculá-la à faixa trazida pelos atletas.
Sempre disse aqui que Vilson foi sim bom presidente. Foi. Quando transformou seu planejamento em ambição, foi tudo por água abaixo. Trouxe medalhões, desfez-se de bons jogadores, e entregou as negociações a quem não sabia fazê-las, e pior, com carta branca.
A construção do novo setor será benéfica, não se pode negar. A Mauá foi mudada de lado junto com seus sócios, e novos sócios puderam chegar, aumentando assim, se a lógica funcionar, o numero de sócios e torcedores em dias de jogo.
Porém, para mim trata-se de prova clara do momento em que o planejamento virou vaidade e ambição, vontade de deixar uma marca indelével de forma física, já que através de títulos foi impossível. Escuto por aí que Vilson sequer concorrerá a um novo mandato. Quem quer que chegue ao posto máximo deve aproveitar o que foi feito de bom e reajustar o plano.
Além das falhas do clube, o fato da vinda de Alex foi bom por um lado, o técnico, mas ruim pelo lado financeiro e psicológico. Digo isso, pois a sua exigência de um elenco à altura, embora justa, mostrou-se incompatível com o orçamento alviverde. O lado psicológico, por sua vez, ficou prejudicado pelo simples fato de que Alex não é mais apenas um jogador, é um mártir da luta pelo bom senso. Peso que carrega nas costas a cada jogo.
Por tudo isso, o rebaixamento é uma realidade mais próxima do que a permanência na série A.
Pelo menos uma notícia boa. A FIFA, única capaz de resolver os problemas do futebol, uma vez que os clubes, principalmente os brasileiros, são escravos e dependentes financeiros das redes de TV entre outros, decretou o fim do empresariado e dos investidores no futebol. Estes que fatiam os atletas e os repartem como se fossem commodities
(http://veja.abril.com.br/noticia/esporte/fifa-proibe-jogador-de-empresario-mas-nao-imediatamente)
Essa medida é extremamente necessária uma vez que o próximo passo do capital futebolístico seria transformar jogadores em empresa, (algo como A. Aquino S.A), com ações na bolsa vendidas segundo a ganância de especuladores e a análise de órgãos "especializados".
Mas não nos iludamos, tal medida prejudicará os clubes brasileiros que vivem à sombra do empresariado, e sentirão sua falta num primeiro momento. Porém, a médio e longo prazo, será extremamente benéfica, na medida em que as categorias de base terão de ser valorizadas, bem como os clubes terão de profissionalizar seus setores de gestão de futebol, principalmente no que tange à compra e venda de atletas. Esperemos que a CBF não dê um jeitinho brazuca de flexibilizar esta determinação da FIFA, tanto menos de prorrogar o prazo de transição que está de bom tamanho.
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