Futebol: Razão x Emoção
O Coritiba estreou bem contra o Aruko, e manteve a imposição de favorito contra o Foz. Dois times muito frágeis, é verdade, mas que permitem testar o elenco coxa-branca. Ao usar 22 atletas nas duas partidas, o técnico Antônio Oliveira dá mostras de que de fato usará o paranaense como laboratório, e assim tem de ser.
Em específico sobre o jogo contra o Foz, o Coxa foi avassalador no primeiro tempo e construiu sólido resultado que lhe permitiu amorcegar o resto do jogo.
Individualmente, gostei bastante da atuação de Pinho. Não apenas pelo gol, jogada na qual mostrou velocidade, força, técnica e categoria. Não é qualquer um que põe a bola no canto, àquela distância, como ele colocou. É preciso visão de jogo. Sobre sua capacidade técnica há certa unanimidade, porém, a parte física preocupa. Além de já ter convivido com lesões, o atleta que já não é nenhum novinho, faz tempo que não percorre distancias continentais pra jogar bola, já que há anos atua no pequeno Estado de Portugal.
Me agradou a atuação de Nathan Mendes. Fazendo boas associações, ora com Régis que caiu bastante por aquele lado do campo, ora com o próprio Pinho, conseguiu chegar bastante ao ataque e até finalizou em gol obrigando boa defesa do goleiro do Foz. Defesa que, inclusive, gerou o escanteio bem aproveitado por Chancelor, que, enfim, impôs seus três metros e cinquenta e dois centímetros de altura pra colocar a bola no fundo da rede. Natham pertence ao São Paulo, e, salvo engano, o Coxa já demonstrou interesse de compra, já que seu contrato se encerra em março desse ano. Pode ser uma boa sombra para Natanael.
Alef Manga foi bem também. Incisivo e insinuante, bateu o pênalti muito bem, com força e seriedade, apoiou bastante, apareceu para o jogo, e deu até uma caneta desconcertante no defensor do Foz que deve ter deslocado três vértebras. Bernardo, Trindade e Bruno Gomes dominaram a meia cancha e seus substitutos mantiveram em parte a força do primeiro tempo.
No primeiro tempo, aliás, inteligentemente, ao contrário do que muitos poderiam pensar, Antônio Oliveira segurou mais o Vitor Luís, até pra não chocar com Manga, e liberou Nathan Mendes. O lateral esquerdo, então, por conta do desenho tático, não apareceu muito no ataque, mas, no setor defensivo não comprometeu.
Régis não foi mal, mas também não foi bem. Fez algumas jogadas, finalizou duas vezes com perigo e em uma delas só não fez o gol porque o zagueiro tirou na última hora. Eu que já tinha arquivado Régis, abri a gaveta de novo, mas ainda não mexi no arquivo. Falta um gol, uma atuação incrível para que possa recuperar a confiança que visivelmente está lhe faltando.
Ao contrário do título da coluna, os torcedores coxas com quem convivo e os que acompanho nas mídias sociais estão bastante cautelosos e conscientes da dificuldade dos certames nacionais e da limitação do elenco. O próprio mister Antônio Oliveira já falou abertamente que quer reforços, e ele tem razão em deixar isso claro, até porque a necessidade é latente. De todo o modo, o começo é alvissareiro e nos permite prospectar uma permanência na série A de modo mais tranquilo. Domingo tem mais!
Sigam-me os bons! @fernandoschumakmelo
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